A Terceira Escrava

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Pode um proprietário de escravos resistir ao processo?
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(Essa é uma estória de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa estória são fictícios e todos personagens tem mais de dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa estória.)

(essa estória é uma continuação da série Servindo. Ela acontece algum tempo depois do último capítulo da série).

Consegui atingir um novo nível no jogo on-line, ao mesmo tempo que meu orgasmo explodiu entre as minhas pernas.

Ainda limpando o esperma escorrendo de sua boca, Blue se afasta um pouco sorrindo. Uma escrava está sempre feliz.

A minha companheira chegou nessa hora em seu elegante traje executivo após mais um dia de trabalho. Colocou sua bolsa sobre o sofá. Com uma fisionomia de cansaço e irritação falou:

--- Tenho certeza que você aproveitou seu tempo e enviou muitos currículos hoje. Mas pelo menos você faz bom uso das escravas. Toma jeito!

Eu me formei como economista a apenas dois anos, mas o mercado está complicado e eu sou do outro lado da fronteira.

A minha companheira Simone é engenheira civil e trabalha como executiva junior em uma corporação. Ao contrário de mim, ela nasceu em berço de ouro em família rica e tem um bom emprego.

Nos conhecemos durante a universidade e em pouco tempo passamos a morar juntos. Graças a situação monetária de seus pais, depois de formada ela ganhou a bela residência em que moramos e temos uma boa situação financeira que o salário de Simone não permitiria.

Green educadamente pergunta se pode servir o jantar e ainda demonstrando irritação minha companheira concordou.

A escrava Green já está conosco há seis meses. Os pais de Simone fazem uso do mercado de escravos e ela logo decidiu fazer uso de uma escrava e a adquiriu, mesmo sendo um recurso ilegal. Ela tem cabelo liso tingido de verde e um corpo atlético. Já Blue chegou a menos tempo, quase três meses, tem cabelo liso tingido de azul, um corpo mais magro, belos seios e a pele bastante clara. Ambas custaram pequenas fortunas.

Jantamos em quase silêncio. As escravas só comem juntamente conosco se forem requisitadas a fazerem isso. Minha companheira está visivelmente irritada.

Enquanto Green retirava a mesa a minha companheira falou:

--- Toma jeito, ou em algum momento eu vou transformar você em uma dessas escravas.

Ela deve ter percebido o meu olhar assustado. Imaginei como o mercado obtêm os seus escravos e só pode ser por algum método não consensual. Ela apenas riu. Que bom que o seu bom humor voltou.

A minha companheira tocou a coxa de Green e subiu a sua mãe em direção a sua xoxota depilada. Ela interrompeu a sua atividade. Ambas seguiram para o quarto. Imediatamente segui atrás.

***

Observei as coxas claras e depois meu olhar subiu para a bunda de Blue lavando a louça da preparação do jantar. Seu uniforme curto quase não oferece uma proteção e a parte inferior de suas nádegas aparecem conforme o movimento.

A minha visão foi desviada para cada louça sendo depositada no escorredor da pia. A cada peça me sentia um pouco mais incomodado, até que em certo momento impulsivamente peguei um pano e comecei a secá-las.

Em meio a minha atividade escutei a minha companheira chegar e pouco tempo depois ela falou:

--- Muito bem! Não esperava que o efeito fosse tão rápido.

A declaração me congelou por um momento. Tentei entender sem sucesso as suas palavras. Olhando para ela perguntei:

--- Como assim?

Sorrindo ela devolveu a pergunta:

--- Qual foi a última vez que você fez qualquer serviço doméstico?

Tentei me lembrar sem sucesso, mas fazia bastante tempo. Mesmo antes da chegada de Green tínhamos empregadas domésticas contratadas. Em dúvida respondi:

--- Muito tempo. Acho que éramos estudantes ainda e não tínhamos essa casa.

Larguei o pano de prato sobre a pia, tentando entender por que motivos eu estaria ajudando a Blue, fiz o ato como um reflexo. Simome deve ter percebido a minha confusão e falou:

--- Ela disse que provavelmente você não se lembraria.

Confuso perguntei:

--- Lembrar do que exatamente?

Ela riu em algum tipo de prazer cruel que me deixou com receio. Tentei me lembrar ou pensar em algo. Ela respondeu:

--- Uma visita ontem no final da tarde.

Eu não recebi uma visita ontem, mas receoso percebi que as minhas lembranças do dia anterior estão embaralhadas.

Cercado de dúvidas corri para o computador central da casa. Nele acessei o sistema de câmeras da residência. Corri para um horário definido na câmera da entrada principal e não precisei esperar muito para ver Blue abrindo a porta para uma mulher e pouco depois eu a recebendo na sala.

Ainda sem entender e horrorizado me assisti a comprimentando formalmente e depois seguindo para a parte superior da casa. Ampliei a imagem em seu rosto, mas não conheço quem seja ela.

Me concentrei tentando recordar sobre o contato que tive com a desconhecida. Parecia impossível não lembrar do fato recente.

Simone me seguiu e também olhou a tela com a imagem estática da visita e meu rosto em confusão. Ela já estava se retirando sem falar nada, mas a segurei no braço e falei:

--- O que você fez? Quem é ela?

Irritada ela se soltou de minha mão. Me encarando falou com firmeza:

--- Eu dei uma utilidade para você. Adquiri uma conversão sua em um escravo. E o processo já começou como ela me disse que seria.

--- Você é louca!

Contrariada e se afastando ela ainda falou:

--- Mas fique tranquilo, não vou contribuir em nada com o processo, a não ser que você me peça, ou melhor, implore. Está nas suas mãos e na companhia de Green e Blue. Mas conte isso para alguém, deixe a casa ou faça algo estúpido e tenho uma fila de advogados para fazer a sua vida se tornar um inferno e eu cortar inteiramente a mesada que mandamos para a sua família.

Permaneci sem qualquer reação. A minha família depende do dinheiro que transferimos todos os meses. Pensei na atitude sempre passiva e obediente das escravas e o medo surgiu.

Ela me deixou sozinho e precisei me sentar para assimilar a situação. Pela manhã acordei com um pouco de dor de cabeça que passou algum tempo após um analgésico, mas jamais imaginei o que se passou. A resistência, se é possível, está em minhas mãos.

***

Acordei como nos outros dias no quarto de hóspedes. Eu evito a companhia de Simone tudo que posso e ela não estranhou ou nada disse quando me mudei para o quarto de hóspedes.

Já faz três dias que passei pelo suposto processo. Ainda na cama tento organizar meus pensamentos. Penso em quem eu sou e tento descobrir se sinto algo errado.

O desejo por fazer atividades domésticas é angustiante. Assim que levanto preciso resistir a arrumar a cama. Depois parece que cada detalhe na casa atrai o foco da minha atenção.

Não pude perceber qualquer mudança comportamental em relação a minha pessoa nas escravas. Elas continuam prestativas e obedientes como sempre foram. Um dos meus medos é que elas antecipam necessidades, mesmo que uma necessidade minha se torne irregular para quem eu sou.

Assim que deixei o quarto Blue passou em direção a ele e me desejou bom dia. Sua sensualidade e alegria como sempre são transbordantes. Involuntariamente seu uniforme me atrai. Gaguejando eu a chamei e perguntei:

--- Como é ser uma escrava?

--- Não entendi a pergunta senhor.

--- Você é feliz aqui?

--- Sim senhor, sou muito feliz servindo ao senhor e a senhora Simone. Posso ajudar em algo?

--- Tire as suas roupas e fique imóvel.

Eu já tinha olhado muitas vezes para o belo corpo claro de Blue. Seu diminuto e inútil pênis está pendurado entre suas pernas e seus belos peitos me provocaram como sempre.

Embora Green tenha nascido uma fêmea, Blue já foi um homem um dia. Tentei imaginar como ela foi como um homem um dia. Afastei esses pensamentos e a dispensei falando:

--- Pode retornar às suas atividades. Trabalhe sem roupas.

Cegamente como sempre ela me obedeceu. O fato não sofreu qualquer mudança.

Meu olhar inseguro a seguiu enquanto se afastava carregando seu uniforme nos braços. Blue é muito bonita. Chego a invejá-la.

***

Tomei o meu café da manhã sozinho, pois aguardei a saída de Simone. Green colocou a mesa e tenho que resistir a cada impulso de ajudá-la. a cada dia isso parece se tornar mais difícil.

Mentalmente contei os dias e já faz supostamente seis dias que passei pelo início do processo.

Olhei para o meu celular e resisti ao impulso de ligar para alguém e pedir ajuda. Como saber a extensão da vigilância de minha namorada. Apenas confirmei a data e passei rapidamente por algumas notícias diárias que recebo. Não sei se o processo pode me causar novos apagões e perdas de memória.

Largando o celular observo o corpo e meu olhar congela no uniforme da escrava. Posso sentir inveja e desejo por eles. Penso por quanto tempo posso viver assim e não tenho uma resposta. Talvez eternamente. Uma ansiedade forte está presente em tempo integral.

Deixo a refeição pela metade e vou para a sala. Tenho que distrair meus pensamentos, mas é difícil. Não consigo me entreter e me concentrar nos jogos on-line que jogava antes. Já tentei também séries ou filmes na televisão e alguns sites na internet que acompanho, mas tudo parece muito chato.

Segui para o dormitório das empregadas. Fazia muito tempo que não entrava nele. O quarto é simples. Duas camas de solteiro com um guarda roupa grande e uma penteadeira com espelho e uma cadeira. Tudo bem arrumado e impessoal.

Abri uma das portas duplas do guarda roupa. Em seu interior perfeitamente organizados estavam uniformes pretos e brancos de empregada e alguns vestidos predominantemente azuis. É o armário de Blue.

Peguei um dos uniformes em mãos. O tecido pareceu energizar as minhas mãos e me arrepiou. Uma parte minha quer vesti-lo.

Cedendo ao impulso tirei a minha calça e a blusa. Depois deslizei o uniforme sobre o meu corpo.

Eu sou um pouco mais alto que Blue, que já é mais alta que Green. O uniforme ficou bastante curto, exibindo parte da minha cueca e com folgas estranhas na altura do peito. Excitado meu pinto ficou rapidamente ereto.

Calcei uma sandália baixa e depois deixei o quarto. Ela ficou bastante justa e apertada. Passei pela cozinha e encontrei Green ainda arrumando a louça do café. Ela não esboçou qualquer reação ao me ver com o uniforme de doméstica.

Segui para sala e chamei por Blue e pouco depois apareceu vindo do andar de cima. Tentei ler qualquer reação nela, mas se existiu foi completamente imperceptível. Ordenei a ela:

--- Fique de quatro!

Ela sabia exatamente o que eu pretendia fazer. Imediatamente se colocou à disposição.

Ajoelhei atrás dela e levantei a sua saia do uniforme. Com desejo abaixei a minha cueca e segurei o meu pinto já enrijecendo de excitação.

Lubrifiquei com saliva o orifício anal de Blue. Segurei e apertei seus peitos com as mãos e a penetrei com força. É incrível sentir a pele dela em minhas mãos.

A cada estocada minha Blue gemeu com intensidade. A penetrei com força muitas vezes e após algum tempo explodi num orgasmo intenso.

Exausto, sentei sobre o sofá para recuperar as minhas energias. Por algum tempo quase cochilei.

Quando abri meus olhos Blue já não estava mais à vista. Deve ter retornado para suas atividades.

Inseguro olhei para o uniforme preto no meu corpo e apressado corri para o meu quarto. Preciso tirar essa roupa.

***

Novos dias de angústia se sucederam. Me sinto carregando uma tonelada nas costas, mas luto para não ceder às tentações novamente. Irritação, insônia e cansaço me perseguem. Às vezes grito com Green ou com Blue para aliviar a raiva.

Evito ao máximo a presença de Simone. Ela me parece ainda mais altiva e impotente que antes. Me sinto intimidado e inseguro frente a ela.

O final de semana chegou. Estava tomando o meu café da manhã sozinho quando a voz de Simone próxima a mim falou:

--- Pode servir o meu café Green.

Ela se sentou à minha frente na mesa pela primeira vez em vários dias. Seu olhar me parece penetrante e intimidador, mas estranhamente me excita bastante.

Meus peitos estão incomodando bastante e necessito de coçá-lo sob a minha camiseta. Eles parecem estar inchando um pouco.

A minha namorada parece estar de bom humor e com voz agradável falou:

--- Como está se sentindo?

No meu interior eu quero ser simpático com ela. Eu posso sentir poder e autoridade vindos dela. A sua voz me excita ainda mais. A minha voz saiu trêmula quando respondi:

--- Muito mal. O que você esperava?

--- Realmente não sei. Nunca acompanhei ninguém nesse processo. Green e Blue já chegaram prontas.

A minha irritação com Simone durou apenas um instante. O sentimento se afastou rapidamente.

Senti falta do abraço e do carinho de Simone. O cheiro de seu perfume discreto invadiu as minhas narinas.

--- O que está olhando? Pode vir aqui se quiser.

Ela parecia poder adivinhar os meus pensamentos e desejos. Sem pensar a respeito, me dirigi para Simone.

Eu não tinha em mente o que deveria fazer, até que Simone puxou a sua saia um pouco para cima, exibindo sua xoxota com seus pêlos perfeitamente alinhados.

Simone prefere receber sexo oral de uma das escravas, então a muito tempo que não realizo isso para ela, mas no momento isso pareceu o mais importante de minha vida.

Me ajoelhei em sua frente. O cheiro de sua xoxota já excitada me atraiu ainda mais e com desejo a minha língua tocou em seu sexo.

O doce sabor de Simone invadiu a minha boca e ondas de prazer tomaram conta do meu corpo. Com prazer passei a explorar cada parte de seu sexo.

Não me acalmei até que senti que os músculos de Simone se enrijecerem e seu orgasmo explodir. Ela gritou com prazer.

Em condições normais nós seguiríamos para um lugar mais confortável onde eu poderia penetrá-la. Uma parte minha desejava por isso, até que ela me afastou um pouco e falou:

--- Muito bem, pode se retirar que não preciso mais de você.

As palavras me penetraram. Rapidamente meu pinto se tornou mais flácido. Em silêncio me levantei e segui as instruções dela num misto de me sentir satisfeito de tê-la proporcionado prazer, mas decepcionado por não ter tido um orgasmo.

***

Me levantei, mas desejando apenas ficar na cama e apenas esquecer.

É difícil resistir aos impulsos por mais que eu tente. Os pensamentos ficam confusos e embaralhados.

Como nos dias anteriores arrumei cuidadosamente a minha cama antes que uma escrava aparecesse no quarto.

Como nos dias anteriores, meus novos seios parecem ainda maiores e ganhando um certo arredondamento. Mais alguns dias e eu poderia precisar um sutiã. Preocupado afastei esses pensamentos.

Vesti uma camiseta e com prazer senti o roçar do tecido sobre os meus peitos. Eles são bastante sensíveis a qualquer toque.

Em frente ao espelho reparei no meu cabelo que parecia ter crescido mais um pouco mais. O que está acontecendo com o meu corpo?

Deixei o quarto em direção a cozinha, quando ouvi a movimentação na casa. Chegando na cozinha percebi o fluxo de homens carregando as caixas. Vendo Green perguntei:

--- O que está acontecendo, quem é essa gente?

--- Bom dia senhor. Sra. Simone avisou e passou instruções hoje cedo. Chegaram os novos móveis. Posso servir o seu café da manhã?

Ignorei a pergunta a segui em direção aonde as caixas haviam sido levadas. Cheguei à porta do quarto das empregadas, para ver os dois fortes homens abrindo as caixas.

O cheiro de suor e masculinidade invadiu as minhas narinas, me deixando inexplicadamente excitado.

Confuso precisei me afastar dos homens e retornar para a cozinha. O desejo em ser tocado pelas mãos fortes surgiram implacavelmente.

Na cozinha molhei o meu rosto com água gelada, ao mesmo tempo que ouvi Green perguntar:

--- Posso servir o seu café da manhã senhor?

Um dos homens entrou pela cozinha. Com uma voz forte e grave falou:

--- Poderia me ver um copo de água?

Eu podia ver e olhar de curiosidade e desejo do homem por Green, me causando inveja. Seu cabelo chama bastante a atenção e seu corpo é bastante atraente. Reparando em minha presença o homem disfarçou o olhar de Green e disse:

--- Bom dia senhor.

--- Bom dia.

A minha voz saiu mais aguda e falhada que o normal, chamando a atenção do homem. De alguma forma soou mais feminina que masculina.

Sentindo-me ainda mais inseguro segui apressadamente para a sala e depois para o meu quarto. Lágrimas começaram a escorrer pela minha face.

Encontrei Blue limpando o andar superior e ignorei a pergunta que ela fez, seguindo apressadamente para o meu provisório quarto de hóspedes. Tranquei a porta e me atirei sobre a cama. O choro descontrolado me dominou como nunca antes.

***

Com muitas noites mal dormidas me sinto cansado ao despertar e demoro um pouco para levantar.

A minha garganta está seca e me sinto com muita fome. Desde a manhã do dia anterior que não deixei o quarto e me mantive isolado.

Em frente ao espelho examino meus seios. Parecem como os do dia anterior. Eu evito tocá-los que fazer isso me deixa muito excitado, mesmo que meu pinto se recuse a ficar ereto.

Meus olhos estão inchados de todas as lágrimas derramadas no dia anterior e durante a noite.

Inseguro falo algumas palavras para testar a minha voz. Ela faz oscilações entre masculina e feminina.

Mesmo com insegurança deixo o quarto e encontro Green. Antes que ela fale algo já pergunto:

--- Tem mais alguém na casa?

--- Bom dia senhor. Blue está no andar de baixo, provavelmente na cozinha. Posso ajudá-lo em algo?

Sem responder, segui para a cozinha. Eu precisava comer e beber algo.

Comi a minha refeição com calma aproveitando cada mordida e o sabor agradável do café. Blue me observou algumas vezes com o seu olhar discreto. Uma vez saciado me senti inseguro e perguntei:

--- Alguma entrega ou instrução de Simone para hoje?

Com um sorriso largo ela respondeu:

--- Não senhor. Os novos móveis foram montados ontem.

Retirei da mesa a louça que usei e precisei resistir a tentação de lavá-la no lugar de Blue. Estava curioso em ver o que foi entregue.

Segui para o dormitório das empregadas para ver assustado a nova cama simples perfeitamente arrumada e o novo guarda roupas, similares aos que já estavam no quarto.

Abri o guarda roupa com receio, para ver os uniformes pretos e os vestidos rosas perfeitamente enfileirados e arrumados.

Minhas maõs formigavam e quando percebi estava segurando em frente ao meu corpo um dos vestidos rosas. Assustado o joguei sobre a cama e abandonei o recindo. De volta a cozinha perguntei:

--- De quem são as roupas rosas do novo guarda roupa?

--- Não sei senhor.

Uma parte minha sabia a resposta. Green se veste de verde quando não está em seu uniforme e Blue de azul.

Com a cabeça fervendo, mas com dificuldade de focar os pensamentos segui para a sala. Nela ouvi a porta principal sendo aberta e para minha surpresa a aparição de Simone fora do horário habitual.

Um homem alto entrou logo depois dela e eles estavam conversando animadamente. Ao me ver imóvel falou:

--- Acho que você se lembra do João do meu trabalho.

Levei algum tempo para conseguir lembrar do homem que havia visto em duas ocasiões. Ele estendeu a sua mão em comprimento e por reflexo estendi de volta.

O aperto firme e másculo do homem me abalou. Ele respirava confiança e adorei sentir a sua pele junto à minha. Simone falou:

--- Vou buscar o pendrive e já volto.

Ficamos sozinhos na sala e a mistura de insegurança e excitação me dominou. Fiquei calado e imóvel e o homem falou quebrando o gelo da situação:

--- Sua esposa acabou por esquecer alguns dados e aproveitamos que almoçaremos juntos e passamos por aqui. Ela já me falou bastante de você.

O olhar decidido, forte e másculo do homem me fez duvidar de minhas certezas. Eu gosto e sempre gostei de mulheres.

--- É um prazer revê-lo.

A minha voz saiu mais feminina do que eu gostaria e um sorriso bobo estava teimando em permanecer no meu rosto.

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