Fernanda Ch. 04

Informação da História
Dividir a casa com estranhos pode ser interessante...
7.8k palavras
5
625
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Parte 4 da série de 5 partes

Atualizada 06/11/2023
Criada 01/21/2022
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Tathy
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Depois do meu passeio no de bicicleta no parque eu não conseguia pensar em outra coisa. Durante todo o domingo eu só conseguia pensar em como fazer coisas diferentes, mais ousadas, por mais tempo, mais longe, mais, mais, mais...

Nas histórias que tinha lido, as garotas faziam coisas excitantes que eu achava impossíveis de serem feitas no mundo real, até que meu passeio do sábado me fez repensar algumas ideias.

No domingo à noite, eu me deitei para dormir, mas não conseguia pegar no sono. Eu estava excitada e só pensava nas ideias e planos que eu criava na minha imaginação. A noite estava quente novamente e eu estava nua rolando de um lado para o outro na minha cama. Fui umas três vezes na cozinha beber água completamente nua e, em todas as vezes, eu fiquei vários minutos encostada na pia da cozinha deixando a pedra fria refrescar meu corpo.

Cheguei a pensar em ir até a frente da casa, mas fiquei com medo de acordar algum dos meninos. A última vez que eu vi as horas já passava das três da manhã e eu ainda não tinha dormido nada. De repente meu despertador tocou e era hora de ir para a faculdade. Eu sentia que meus olhos estavam cheios de areia. O dia se arrastou e eu não conseguia prestar atenção em nada.

Quando eu cheguei em casa, eu estava literalmente acabada. Mas sabia que se fosse para a cama muito cedo, depois eu teria problemas para regular meus horários novamente. Eu sempre tive esse problema. Por isso eu tento ao máximo seguir um padrão de horário de dormir e acordar.

Eu precisava fazer alguma coisa para me manter acordada até pelo menos umas onze ou onze e meia da noite. A única coisa que me vinha à mente para me deixar ligada era meu passatempo preferido nos últimos tempos. Assim que os meninos saíram para a faculdade, eu deixei todas as minhas roupas no meu quarto e tranquei a porta. Levei a chave até a mesinha da lavanderia e voltei até a sala. Programei meu celular para despertar às 23:10. Assim eu teria tempo de sobra para pegar a chave e voltar para o meu quarto. Então eu poderia dormir.

Liguei a TV e fiquei assistindo um programa qualquer enquanto acariciava a minha vagina. Minha excitação foi aumentando e logo eu estava tendo um orgasmo. Quando o orgasmo foi se dissipando, eu fui relaxando e acabei pegando no sono.

Acordei com uma sensação estranha e quando abri os olhos levei o maior susto da minha vida. O Miguel estava parado na porta da cozinha com um copo de refrigerante na mão me observando com um sorriso no canto da boca. Eu fiquei paralisada por alguns instantes e só o que eu consegui fazer foi me encolher no sofá.

Eu não tinha noção de que horas eram. Os outros meninos já tinham chegado também?

A TV ainda estava ligada. Eu estava olhando para o Miguel com os olhos arregalados, sem saber como reagir. Eu tinha me imaginado numa situação daquelas várias vezes, mas agora que ela tinha se tornado realidade, eu estava sem reação. O Miguel tomou a iniciativa e me disse:

-Você estava dormindo pesado. Eu tentei falar com você quando eu cheguei, mas você não acordou. Está tudo bem?

Eu demorei para conseguir responder algo coerente.

-Que horas são?

Ele olhou o relógio e disse:

-Oito e meia.

-Ainda? Faz tempo que você chegou?

-Uns vinte minutos. Não tive aula hoje.

-Os outros ainda não chegaram, então?

-Não, somente eu. Porque você está pelada? Não que isso esteja me incomodando...

Eu olhei para os lados tentando encontrar uma resposta que fizesse sentido, mas não havia nenhuma. Então eu disse:

-Estava muito calor. E eu estava sozinha em casa. Não esperava que você chegasse tão cedo.

-Legal.

Ele terminou de beber o refrigerante e foi até a cozinha pegar mais. Parou novamente na porta e ficou me olhando. Eu estava encolhida, tentando preservar o resto da minha dignidade. E o problema era que eu nem podia ficar brava com ele.

Passaram alguns instantes e ele voltou a falar.

-Você vai continuar aí no sofá? Se importa se eu me sentar ao seu lado para assistir TV?

-Não.... Quer dizer, sim.... Qual é a pergunta mesmo?

-Você vai continuar aí no sofá?

-Eu preciso me vestir...

-Ok. Quer que eu fique de costas para você ir até o quarto? Não que eu já não tivesse visto tudo antes, mas...

Eu me encolhi ainda mais e disse:

-O quarto está trancado.

-Trancado? Porque? Onde está a chave?

Eu comecei a chorar e não consegui responder. O Miguel se sentou na mesinha à minha frente e colocou a mão no meu ombro:

-Calma, está tudo bem.

Eu chorei por alguns instantes enquanto o Miguel acariciava meu ombro tentando me acalmar.

-Onde está a chave? Eu pego para você.

Eu respirei fundo algumas vezes, olhei para ele e respondi:

-Lá na lavanderia.

Eu vi a expressão no rosto dele mudar algumas vezes, como se estivesse ligando os pontos.

-Na lavanderia? Por que ela está lá? Você trancou o quarto, mesmo estando sozinha em casa, e deixou a chave lá na lavanderia? Por que?

Eu coloquei meu rosto entre as minhas pernas e respondi entre soluços:

-Por que eu sou uma idiota. Eu comecei este joguinho e as coisas foram evoluindo. E hoje, justo hoje, eu peguei no sono.

Olhei de volta para ele e percebi um sorriso se formando no canto da boca dele.

-Acho que eu entendi. Você se trancou para fora do quarto sem roupas porque é excitante.

Eu acenei que sim.

-E você não esperava que eu voltasse mais cedo para casa...

Eu acenei novamente.

-Mas, então, por que deixar a chave lá no quintal? E não aqui na sala?

Eu respirei fundo e olhei para ele antes de responder.

-No começo eu fiz isso, mas eu descobri que era mais excitante se ela estivesse mais longe. O risco era maior e eu ficava mais excitada.

-Entendi. Então é o risco que te deixa excitada?

-Também.

-O que mais?

-Outras coisas...

-Ok. Você vai fiar esperando os dois chegarem?

-Não! Eles não podem saber.... Por favor...

-Calma. Eu não vou falar nada. Da minha parte, é como seu eu não soubesse de nada. Fica tranquila.

-Tá bom. Obrigada.

Ficamos em silêncio por um longo tempo. Ninguém se atrevia a se mexer.

Eu perguntei:

-Que horas são?

Ele olhou o relógio e disse:

-Nove e quinze.

Eles ainda iriam demorar mais de uma hora para chegar em casa.

Depois de mais alguns instantes de silêncio, o Miguel falou de novo:

-Então, o que mais te deixa excitada?

-Não sei.... É tudo novidade para mim. Até alguns dias atrás isso nem me passava pela cabeça. E agora eu só penso nisso...

-Ok. Você disse que isso te deixa excitada.

Eu acenei com a cabeça.

-Então você está excitada agora?

Eu escondi meu rosto entre os meus joelhos novamente. Ficou evidente que a resposta era sim.

-Ok. Acho que eu estou começando a entender. Só um instante. Não saia daí...

Ele se levantou e foi em direção à cozinha. Logo depois ele voltou e me mostrou a chave do meu quarto.

-Essa é a chave do seu quarto, certo?

Eu acenei que sim, esperando que ele fosse me entregar, mas ao invés disso ele a colocou no bolso e sentou na minha frente novamente.

-Agora ela está comigo. Se eu te disser que agora sou eu quem controla quando você vai voltar para o seu quarto, isso te deixa excitada?

Eu fiquei olhando para ele, com os olhos arregalados. Depois de alguns instantes eu acenei que sim.

-Ok. Outra pergunta: Se eu te pedisse para você ficar em pé na minha frente e me deixar ver seu corpo, isso de deixaria excitada?

Eu demorei alguns instantes para responder.

-Não sei.... Eu nunca estive nessa situação antes.

-Ok.... Mas você sabe que eu estava te observando enquanto você estava dormindo, não é mesmo? E você não estava escondendo nada.

Eu desviei o olhar e não disse nada. Ele continuou.

-Eu vi que seus mamilos estavam durinhos. E a sua vagina estava molhadinha. E por sinal, eu prefiro quando as garotas depilam tudo, assim como você.

Eu me encolhi ainda mais e continuei olhando para o chão.

-Esta conversa está de deixando excitada, não é mesmo?

Eu olhei para ele. Não foi preciso responder.

-Então, você gostaria de se levantar e me deixar ver seu corpo mais uma vez?

Eu respondi imediatamente, sem precisar pensar.

-Não! Eu não consigo....

-Ok. Era só para confirmar.

Ele se levantou, pegou a chave do bolso e a segurou ao alcance da minha mão. Depois ele me disse:

-Agora são nove e meia, o Marcelo e o Júlio devem chegar lá pelas onze e meia. Agora eu vou usar o banheiro e volto em alguns minutos. Então, você prefere que eu deixe a chave aqui na mesinha e você pode ir para o seu quanto quando eu não estiver vendo? Neste caso nós fingimos que isso nunca aconteceu e não falamos mais no assunto. Ou você quer que eu leve a chave comigo e quando eu voltar você me conta mais sobre esse seu joguinho?

Eu abaixei a cabeça e fiquei em silêncio. Ele esperou alguns segundos e foi colocar a chave na mesinha. Eu disse bem baixinho:

-Não...

-Oque?

-Leva a chave com você...

Ele ficou parado por alguns instantes e depois saiu da sala levando a chave com ele. Me pareceu que ele ficou uma eternidade no banheiro, mas acho que era a minha ansiedade. Ele voltou, e foi direto até a cozinha. Voltou logo depois com dois copos de água e me ofereceu um.

Eu aceitei e com certa dificuldade para não me expor ainda mais eu bebi todo o conteúdo do copo. Eu não tinha notado como eu estava com sede.

-Olha, se você continua aqui, é porque quer continuar conversando sobre isso que você estava fazendo, certo?

Eu acenei a cabeça.

-Então como isso começou, faz tempo que você faz isso?

Eu respirei fundo, e sem conseguir encarar ele nos olhos, falei para ele:

-Você promete não contar para ninguém? Nem mesmo para o Marcelo e o Júlio?

-Prometo. Pode confiar em mim. Você já me conhece há um bom tempo e sabe que eu não faria isso com você.

-Quando eu vim morar nessa casa, eram somente eu e mais três meninas. Depois as coisas foram acontecendo eu me vi dividindo a casa com três garotos. Eu sempre fui muito tímida e nunca tive um namorado antes, então conviver com vocês três foi uma experiência totalmente nova para mim. Isso mexeu comigo e comecei a ter pensamentos que eu não tinha antes.

Então eu contei tudo sobre as histórias que eu tinha lido e como elas não saíam da minha mente. Contei das vezes que eu tinha ficado nua na casa, esperando o último instante para entrar no meu quarto, e criando dificuldades, como deixar a chave na lavanderia. Só não contei sobre a o que eu tinha feito na frente da casa e no passeio de bicicleta.

Eu contei sobre o dia que eu estava nua no quintal e eles chegaram sem que eu percebesse. Contei que eu tive que me esconder no quartinho e esperar eles irem embora antes de poder entrar na casa.

Ele se lembrou daquele dia. Ele disse que achou estranho eu ter saído de casa e deixado a porta da cozinha aberta, então ele trancou a porta. Então ele se deu conta do que tinha acontecido.

-Você estava lá no fundo e eu te tranquei para fora? Como você entrou?

-Eu fiquei um tempão achando que eu teria que esperar vocês voltarem e provavelmente ter que explicar para um de vocês, ou até mesmo todos.... Mas depois eu me lembrei que uma das garotas tinha deixado uma cópia da chave escondida para alguma emergência. Eu achei a chave e consegui entrar.

-E como foi a experiência? Você ficou excitada?

-Quando eu percebi que vocês tinham chegado e eu estava nua no fundo do quintal eu fiquei muito nervosa e assustada. Mas eu logo percebi que também estava muito excitada. Eu me escondi no quartinho na esperança que vocês fossem para a faculdade e eu pudesse voltar para dentro de casa, mas quanto eu encontrei a porta da cozinha fechada, eu realmente fiquei com medo. Acho que eu fiquei um tempão me preparando para um encontro que parecia inevitável. Então eu percebi o quanto eu estava excitada. Mas então eu me lembrei da chave escondida e pude entrar na casa sem ter que me explicar para vocês.

-Nossa... Deve ter sido uma experiência... interessante.

-Foi mesmo.

Se ele soubesse dos outros detalhes que eu não contei...

-Então, pelo que eu entendi, o que te deixa excitada não é mostrar seu corpo para alguém, e sim correr o risco de alguém te ver nua.

-Acho que sim. Pelo menos eu não quero que ninguém me veja nua, mas quanto mais perto eu chego de isso acontecer, mais excitada eu fico. Meio maluco isso. Será que eu tenho algum problema?

-Haha.... Você tem vários problemas, se ainda não percebeu.... Pelo que eu pude perceber, um dos maiores deles é o problema financeiro. Senão não precisaria dividir uma casa com três caras fora do pino como nós... E para sua informação, todos nós temos problemas.... Mas não acho que nenhum de nós, eu digo isso me referindo a você e eu, tenha algum problema mental, como você sugeriu. Pelo que eu pude perceber, você tem uma libido alta, o que é normal nessa idade, e está experimentando coisas que te deixam excitadas. Isso é muito saudável, desde que não seja nada que venha a te prejudicar ou te colocar em perigo.

Eu ri com ele pela primeira vez desde que ele chegou.

-Viu. Está tudo bem e não há nada de errado com você.

-Obrigada. Obrigada por ter sido legal comigo.

-Bom, agora que nós esclarecemos a história toda, o que você quer fazer? Quer continuar encolhida aí no sofá ou vai voltar para o seu quarto?

Eu pensei um pouco e falei:

-Acho que eu quero me vestir e voltar para assistir TV com você, pode ser?

-Claro. Quer que eu vá para o meu quarto enquanto você se levanta e vai para o seu?

-Não precisa, é só você fechar os olhos e esperar eu entrar no meu quarto.

-Ok. Pode ir então.

Ele fechou os olhos e ficou sentado na mesinha à minha frente.

Eu me levantei, dei a volta na mesinha e tive uma vontade muito forte de dar um abraço nele. Me ajoelhei na mesinha atrás dele e o abracei por trás, pressionando meus seios às costas dele. E abiu os olhos, surpreso e me olhou por cima do ombro. Eu sabia que ele não podia ver nada, então eu apertei mais o abraço e dei um beijo no rosto dele.

-Obrigada de novo. Eu fiquei muito feliz de saber que posso confiar em você. Agora fecha os olhos, por favor.

Me levantei, pequei a chave e fui até a porta do meu quarto. Então eu abri aporta e de costas para ele disse:

-Pronto, pode olhar.

E fiquei olhando por cima do ombro até que ele se virou e olhou para mim. Ele podia ver toda a parte de trás do meu corpo. Fiquei alguns segundos parada enquanto ele me olhava atentamente. Quando ele sorriu, eu dei um passo para dentro do quarto e fui fechando porta lentamente enquanto ia virando de frente para ele. Por um breve instante ele pode ver também a parte da frente do meu corpo nu. Não sei o que me deu naquele momento, mas eu não resisti. Só espero que ele não entenda isso da forma errada.

Coloquei a mesma blusinha e o shortinho de malha que eu tinha usado no sábado à noite para esperar os meninos, deixando de lado novamente o sutiã e a calcinha e voltei para a sala.

O Miguel estava sentado no sofá e ficou me observando enquanto eu passei na frente dele e fui me sentar ao seu lado. Ele colocou um programa na TV e nós ficamos assistindo em silêncio. Acordei com o despertador do meu celular. Eu tinha pegado no sono novamente e estava deitada no colo dele. Olhei para cima e ele sorriu para mim.

Eu me sentei novamente e peguei o celular. Já estava quase na nora dos outros meninos chegarem. Dei boa noite para o Miguel e fui para o meu quarto.

Naquela noite eu consegui dormir profundamente. Mas não fiquei livre daqueles sonhos excitantes.

Na terça-feira à tarde, quando o Miguel chegou em casa ele esperou um momento em que os outros dois não estavam por perto e veio falar comigo.

-Sabe, eu fiquei o dia todo hoje pensando na nossa conversa de ontem. Eu também fiquei excitado com as histórias que você me contou. Eu tive uma ideia, se você quiser ouvir...

-Ideia, como assim?

-Eu pensei que como você gosta do risco de ser flagrada e gosta de dificultar seu acesso deixando a chave do quarto lá no quintal, eu pensei em uma forma de deixar a sua noite um pouco mais interessante.

-Ok, mas como assim?

-A ideia é a seguinte. Você tranca a porta do seu quarto e me entrega a chave. Eu levo a chave comigo para faculdade. Então você só vai poder entrar no seu quarto quando eu voltar e te devolver a chave.

-E o que tem de interessante nessa ideia?

-É aí que está. Todos os nossos quartos têm grades nas janelas. Você deixa sua janela aberta, e quando todos saírem de casa, você vai lá no quintal, tira as roupas e joga elas pela janela. Assim você ficará nua até eu te devolver a chave.

-Não sei.... Acho meio arriscado.

-Você não me disse que isso te deixa excitada? E da outra vez você ficou escondida lá no fundo até que nós saíssemos de casa. Você pode fazer isso novamente quando chegarmos. Então eu te devolvo a chave e quando todos forem dormir você entra e vai até o seu quarto.

-Parece interessante, mas não sei...

-Ontem, quando eu coloquei a chave no meu bolso, você disse que ficou excitada.

-Ok. Mas não vai me trancar para fora de casa, hein?

-Quem sabe.... Talvez eu me esqueça desse detalhe...

-Nem brinca!

Eu peguei meu notebook e tranquei meu quarto. Quando ninguém estava olhando eu entreguei a chave para o Miguel que a colocou no bolso. Fiquei na TV fingindo assistir alguma coisa, quando na verdade eu não estava prestando atenção em nada. Eu só estava esperando eles saírem de casa.

Finalmente eles se despediram de mim e saíram pela porta da sala. Quando eu ouvi o portão sendo fechado eu saí pela porta da cozinha e fui até o fundo do quintal. Eu tinha deixado somente uma frestinha da minha janela aberta, então foi fácil empurrar ela para o lado e abrir espaço para passar minhas roupas pela grade. Era pouco mais de seis e meia da tarde e eu teria que esperar quase cinco horas até o Miguel voltar com a minha chave.

A noite seria longa.... Ou não. Quando estamos nos divertindo as horas passam rápido demais. Voltei para a sala e conectei meu notebook na tomada. Fiquei umas duas horas assistindo vídeos na Internet. Salvei alguns em meus favoritos, pois as ideias eram promissoras.

Olhei no relógio do computador. 20h47. Ainda faltavam mais de duas horas para os garotos voltarem. Estar nua na sala da casa já não era mais tão excitante. Eu precisava fazer algo mais interessante para ajudar a passar o tempo. Saí pela porta da cozinha e abri a porta da garagem. As outras noites que estive ali já tinha passado das dez da noite. Naquele horário, a possibilidade de alguém passar a pé na frente da casa era consideravelmente maior, bem como a quantidade de carros. Só que eu não aguentava mais ficar dentro da sala.

Fui até o cantinho da garagem e me sentei no chão, de frente para o portão. Eu estava acariciando minha vagina lentamente, só para manter o clima quando um casal passou pela calçada do outro lado da rua. Eu fiquei observando e eles nem olharam para a minha direção. Logo depois, um homem passou de bicicleta pela rua.

Depois disso, fiquei ali esperando um longo tempo sem ninguém aparecer. Eu me levantei e fui até o portão com cuidado. Olhei para os dois lados e até onde eu conseguia ver a rua estava deserta.

O portão estava com o cadeado, como de costume. Voltei até dentro da casa e peguei as chaves. De volta ao portão, me certifiquei que a rua continuava deserta e abri o cadeado, deixando-o junto com as chaves da casa no cantinho do muro. Abri o portão o suficiente para eu passar com folga e coloquei a cabeça para fora. Fiquei alguns instantes olhando para os dois lados. Tudo estava absolutamente quieto.

Da última vez que eu tinha feito isso, havia um carro estacionado na frente da casa do vizinho à direita que me serviu de esconderijo. Naquela noite ele não estava ali. O esconderijo mais próximo era uma caminhonete, mas estava a duas casas de distância, na mesma direção, só que do outro lado da rua. Muito longe para o meu nível de confiança.

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