Tathy Ch. 10

Depois da última aventura no meu apartamento, com a ajuda do meu novo amigo Jorge, eu percebi que não era preciso muitos preparativos para tornar o passeio divertido. Então algumas noites mais tarde, por volta das onze horas, depois de tomar um banho e passar meu perfume favorito, saí completamente nua do meu apartamento e tranquei a porta. Peguei o elevador para o terraço e coloquei a chave do meu apartamento num canto do chão. Desci pelas escadas até a garagem, passando por todos os andares. Aquele foi o início de uma rotina que se repetiu durante várias noites nas semanas seguintes, até que finalmente ela perdeu a graça.

Como sempre acontece, no início de cada aventura, fico bastante insegura e com medo de ser vista. Então durante a descida pela escada, sempre verificava o corredor antes de me aventurar em cada andar. Chegando na garagem, notei dois carros manobrando com os faróis ligados. Fiquei ali na porta da escada observando o movimento, e sentindo a excitação tomar conta do meu corpo. Aqueles moradores fecharam seus carros e se encaminharam para o elevador e em momento algum se deram conta da minha presença perto deles.

Assim que a garagem ficou deserta, saí do meu esconderijo e caminhei entre os carros, explorando todo o estacionamento. A garagem era toda minha. Em dado momento, caminhei até embaixo de uma das lâmpadas e me deitei com as costas no chão. Abri as pernas e os braços e fiquei deitada com os olhos fechados, colocando toda a minha atenção nos sons ao meu redor. Podia ouvir os carros passando na avenida e barulhos mais longe que eu não podia identificar.

Ao ouvir um som diferente e mais próximo, abri os olhos e notei que o teto da garagem estava iluminado pelo farol de um carro que esperava o portão abrir. Levantei-me com o coração disparado e fiquei atrás de um dos carros estacionados. O carro passou por mim e virou, contornando a cabine do elevador. Saí do meu esconderijo e caminhei novamente na passagem dos carros, prestando atenção no barulho do motor daquele carro, embora o som do meu coração parecesse encobrir todos os outros barulhos.

Aproximei-me o máximo que pude dele, sem me deixar ser vista e fiquei observando enquanto o homem deixava seu carro. Coloquei-me entre e ele e a porta do elevador e fiquei atrás de um dos pilares que se erguia entre dois carros estacionados. Tentava com todas as minhas forças controlar minha excitação, mas estava cada vez mais difícil.

Ele passou perto de mim enquanto eu contornava o pilar tentando passar despercebida. Assim que ele parou na frente do elevador aguardando sua chegada, andei até seu carro e notando o calor do motor na lataria, deitei-me sobre o capô, pressionando meus seios contra a superfície quente. Fiquei ali com os braços abertos apreciando aquela sensação estimulante. O calor do carro fez meu corpo suar e quando me levantei notei a que os contornos do meu corpo haviam ficado estampados na superfície daquele carro. Será que seu dono saberia identificar aquela imagem?

Fiquei imaginando a cara do sujeito tentando decifrar aquele enigma. Pensei em assinar a "obra de arte" colocando o número do meu apartamento ao lado da assinatura. Aquele pensamento foi o estímulo que faltava para desencadear as contrações abdominais tão conhecidas por mim. As contrações, como sempre, foram acompanhadas pelos arrepios e pelo incrível aumento nos batimentos cardíacos. Minhas pernas ficam duras e se recusam a se mover. Estava quase a ponto de explodir, quando um farol iluminou o estacionamento e o barulho do portão abrindo ecoou pela garagem.

Em menos de dez segundos um carro passaria por ali. Eu não me atrevia a interromper meu orgasmo, mesmo se isso fosse possível. Gozei intensamente e me arrastei como pude para trás daquele mesmo carro. Quase não deu tempo. Acho que não fui vista pelo motorista. Fiquei sentada no chão atrás do carro recuperando-me daquele orgasmo e nem vi por onde o homem passou. Só ouvi quando o elevador partiu e eu assumi que ele estava dentro.

Depois desse evento, o movimento na garagem cessou. Ninguém aparecia por ali. Começou a ficar monótono. Fui até o começo da rampa e sentei-me para observar o movimento da rua. Pensei em caminhar até a grade e ver o movimento mais de perto, mas mudei de idéia porque estava realmente exausta. Decidi voltar para meu apartamento e dormir, para tentar recuperar minhas forças. Afinal aqueles últimos dias de aventuras estavam acabando com minhas reservas de forças. Precisava descansar e dormir senão acabaria prejudicando minha saúde.

Voltei para o terraço em busca da minha chave usando o elevador, mas todos pareciam ter dormido cedo aquele dia. Não aconteceu mais nada de interessante naquela noite. Tomei um banho relaxante e fui para a cama.