Amor Indestrutível 06

Isa... Adorei estar contigo, tinha muito má impressão a teu respeito, mas hoje considero-te uma mulher encantadora, lindíssima, enfim o sonho de qualquer homem de bom gosto, mas eu não te mereço. Comigo esperava-te uma vida de desgostos, cornos, ausências de dias ou semanas e tu não mereces isso. És uma dama que merece um cavalheiro que te proporcione uma vida estável. Não um dissoluto como eu.

Mas tu és um cavalheiro!

De certa forma sim... E contigo esforcei-me bastante. É hora de me retirar e desejar-te felicidades, para ti a para a tua Dulce.

Fred! Podemos fazer um último sessenta e nove? E depois fode-me! parte-me ao meio uma última vez. deixa-me exausta antes de saírmos.

Fred colocou-a por cima dele e começaram a comer-se os sexos um do outro, como se o mundo estivesse para acabar nos próximos minutos.

Fred meu amor! Tu gostas mais de mim do que dizes! Posso senti-lo. Ohhhhhhh... Como me chupas! Amo-te Fred. Ai que me venho... Que me venho! QUE ME VENHOOOOOO! Bebe-me e dá-me o teu leitinho. Oh que delícia. Agora abraça-me!

Ai Fred olha-me nos olhos e diz-me que te sou indiferente... Se podes!

Não Isa. Não me és indiferente. Cada vez que faço amor com uma mulher que me agrada, nesse momento amo-a e nessas momentos ela é o meu universo. Mas é só durante uns minutos. Tu não és nenhuma exceção a essa regra. Sinto muito mas é assim. O que não seria decente era encher-te de ilusões e depois debandar, que é o único que sei fazer. Só assim posso evitar apaixonar-me.

Mas que problema teria apaixonar-te?

Teria que dizer adeus à minha vida de estudante e depois à minha carreira profissional. Não quero dedicar-me a nada mais. Mas sou viciado em sexo e só posso foder e desaparecer. Mas sou um homem decente, porque nunca criei falsas expectativas a ninguém para ter cama.

Que tristeza Fred! Acho que já não vou querer foder contigo.

Sábia decisão querida Isa, vou então para casa que tenho que estudar. Amigos?

Amigos Fred. Que tenhas muita sorte na vida. Obrigada por me ensinares a desinibir-me e a apreciar os prazeres da cama. Tentarei pôr em prática os teus ensinamentos. Se algum dia te apetecer estar comigo, só tens que falar com a Dora.

E se entretanto te casares?

Serei fiel ao meu marido, mas para ti abrirei um parêntesis em nome dos velhos tempos. Algo que nunca aconteceu com o meu Alberto.

Ducharam-se por separado, vestiram-se, despediram-se com um inocente beijo de amigos.

Isa...

Sim meu amor...?

Há uma coisa que deves saber.

Que é meu querido?

Se houvesse alguma mulher com quem eu algum dia pudesse estar disposto a estabilizar... Essa serias tu. Deixei de detestar-te e passei a ter-te num alto conceito. Como ser humano e como parceira de cama! Tens um invulgar potencial como amante e és linda. Mas isso, devido à minha natureza, é impossível.

Obrigada meu amor. Nem imaginas como levantaste o meu ego.

Agora quero pedir-te um favor.

Tudo o que quiseres meu anjo.

Que não se te ocorra convidar-nos para jantar, nem para qualquer outra coisa. A minha mãe descobria-nos logo e é muito conservadora. Ela é muito intuitiva e nós não conseguimos tratar-nos com indiferença. Sobretudo tu. Até a Dulce podia intuir algo.

Tens razão. Não o farei. Mas Fred... Tu e a Dora não vão para a cama de vez em quando?

Com a Dora sim. É outra dissoluta como eu ou pior e é uma aventureira. Farto-me de rir com ela. mas fazêmo-lo de longe em longe e até tremo só de pensar que a minha mãe possa descobrir. Quando as vejo juntas digo-lhe 'olá bom dia' e desapareço da circulação. De qualquer forma já nem me lembro da última vez tivemos sexo. Contigo não poderia. Tu és uma senhora séria e sensível. Necessitas estabilidade, como tiveste com o teu Alberto. Se tivesses uma ligação afetiva com um tipo como eu, poderias até ter uma depressão, ansiedade, stress... ou sei lá que mais.

Embora já se tivessem despedido, Isa beijou-o com paixão, beijo que foi correpondido com entusiasmo.

Num movimento brusco virou costas e saíu.

Dois minutos depois saiu Fred.

Já em casa...

Vem meu amor. Conta-nos.

Podem beijar-me. Fiz a minha higiene na tua casa, Dora e não cheiro ao que não devo.

Preciso de uma sessão com vocês as duas. Querem?

Não vens com os colhões vazios?

Perguntou Dora com a sua habitual subtileza.

Não. Consegui iniciá-la no anal, já sabe como é, como se faz, gostou imenso e agora que voe por sua conta.

Aceitou bem a despedida?

Já vos disse que é uma mulher impecável. Queria ter uma relação séria comigo, mas quando entendeu que isso não seria possível, já nem quis a última queca de despedida, que me tinha pedido antes. E agora para vocês as duas. Não quero que me voltem a mencionar a Isabel para nada, nem tenham ideias do mesmo género com nenhuma outra, porque tu Elsa és a única mulher que amo e tu Dora uma amiga especialíssima, com certos direitos adquiridos. A única!

Pareces desgostoso.

Estou! Ficarei muito contente se a vejo com um companheiro, que espero que esteja à sua altura. Ela necessita-o e merece! E agora é definitivo: Assunto Isabel encerrado.

Queres que te autorize a visitá-la de vez em quando?

Elsa! Falo chinês? NÃO QUERO! Só te quero a ti! Que pretendes? Testar-me? Emprestar-me por aí...?

Desculpa meu amor. Foi de mau gosto. Assunto encerrado.

Dora olhava-a abanado a cabeça com ar de reprovação.

Elsa, deves fazer-lhe um broche prolongado, porque não se fala com a boca cheia e assim não dizes o que não deves.

Vamos para o quarto meninas. Tenho os carregadores com oitenta porcento das munições e quero esvaziá-los com vocês.

Fim