Servindo - O Inicio - Parte 05

Informação da História
O encerramento da série. Novos escravos estão sendo criados?
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Parte 5 da série de 5 partes

Atualizada 06/10/2023
Criada 05/01/2021
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Servindo - Resistência

(Essa é uma estória de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa estória são fictícios e todos personagens tem mais dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa estória.)

O som baixo do alarme do celular me despertou por completo, embora eu já estivesse acordada a algum tempo.

Com movimentos cuidadosos me levantei e segui para o banheiro. O despertador de meu marido Douglas seria ativado apenas dentro de uma hora e meia.

Igual faço diariamente, tratei de minha higiene pessoal e íntima. Meu companheiro gosta de minha pele bastante depilada e perfumada, então eu tomo bastante cuidado com esse aspecto. Tenho muitos cremes que deixam minha pele muito macia e delicada.

Meu corpo é bastante sensível ao toque e fico excitada muito facilmente. Não posso evitar me excitar em atividades simples como passar um creme corporal ou quando esfrego o meu corpo durante o banho.

Em meu closet escolhi um bonito vestido azul claro e selecionei calçados combinando. Depois disso tratei de minha maquiagem, um tom leve casual, adequado para começar mais um dia. Pude ouvir o alarme do celular de Douglas e um pouco depois o som de seu banho.

Algum tempo depois segui para a cozinha onde encontrei Maria preparando a refeição da manhã. A cumprimentei com bom dia e verifiquei se tudo está adequado como gosta o meu companheiro.

Segui para a sala de jantar verificar se a mesa está adequadamente colocada. Meu pai já estava tomando o seu café em companhia de Suzane. Vendo-me disse com sua voz altiva:

--- Seu marido está dez minutos atrasado.

A voz de meu pai me excita, mas ele me proibiu de sensualizar para ele, então procuro me manter o mais casual possível. Humildemente me coloquei ao canto para aguardar Douglas.

Suzane está sempre sorrindo, mesmo quando estamos sozinhas. Acredito que ela realmente transpira felicidade o tempo inteiro. Eu procuro manter mais a linha esperada quando estou com um dos homens.

Alguns minutos depois, meu companheiro apareceu em passos apressados. Nós nos acomodamos na mesa e Maria serviu a nossa parte da refeição.

Meu pai e Douglas conversaram animadamente. O assunto preferido circula nos negócios. Às vezes tratam de política ou economia e mais raramente algo sobre diversão ou lazer.

Suzane, a companheira de meu pai e eu dificilmente falamos algo. No geral não nos é feita nenhuma pergunta e permanecemos em silêncio.

Os homens terminaram a refeição e apressados se retiraram. Suzane é sempre a última a terminar de comer e os homens não se preocupam em esperá-la.

Minha amiga Suzane fica nitidamente mais leve e relaxada sem estar na presença de meu pai. A sua excitação extrema passa quando estamos apenas nós. Com a proibição do meu pai eu tenho a impressão que a minha excitação é contida e bem limitada quando estou com ele.

Eu gostaria de poder ter relações sexuais com Suzane, mas meu pai proibiu qualquer interação sexual entre nós. Seguimos isso com total fidelidade.

Ela termina de comer e me convida para passear no jardim. Depois complementa:

--- Apenas uma volta. Seu pai não gosta que fiquemos bronzeadas.

A minha pele é bastante clara e o meu cabelo loiro. Eu fico queimada e vermelha com o Sol com facilidade. Já a pele de Suzane é naturalmente um pouco mais bronzeada.

Conversamos um pouco caminhando. Suzane gosta mais de falar do que eu e sempre encaminha as conversas. Ela gosta de falar sobre roupas, cosméticos e sexo. Sei que meu pai e ela transam quase todos os dias.

Douglas e eu somos muito diferentes. Já estamos casados a mais de seis meses e nossas relações sexuais podem ser contadas nos dedos. Acho que o prazer dele está nos negócios ou em outras coisas que estão longe de mim.

Não acho que ele seja homossexual. Ele aprecia o meu corpo e a minha beleza. Gosta de se expor ao meu lado em festas e eventos sociais. Talvez tenha uma amante, eu não sei. Sua personalidade e liderança é frágil. Posso ver nele quase uma submissão ao meu pai.

Um dos jardineiros estava cuidando do jardim de rosas e o cumprimentamos ao passar. Eu posso sentir o olhar dele apreciando nossos corpos. Isso me excita.

Passamos próximo ao cercado de tapumes. Meu pai está construindo uma nova obra na propriedade. Aparentemente está quase finalizada, mas não sei a sua função, apenas posso enxergar um pouco de seu telhado sobre o cercado.

--- Podemos ir ao shopping e depois almoçar por lá, o que você acha?

Suzane tirou-me dos pensamentos. Concordei com ela. Ela gosta muito de comprar novos vestidos e de passear entre as lojas. Os homens não se importam, basta que sempre estejamos de volta arrumadas e perfumadas antes de seus retornos do trabalho.

***

Entretida com a minha revista de moda que havia recém sido entregue pelos correios, me assustei com a entrada repentina de meu pai na sala de estar. Ainda é o meio da tarde e ele somente chegaria em algumas horas.

Olhei com curiosidade para a sua companhia. Uma garota jovem e bonita, trajando um belo vestido. Numa primeira vista ela me pareceu familiar, mas não consigo recordar de onde. Com sua voz forte meu pai falou:

--- Você se lembra da Paula?

A pergunta ativou ainda mais a minha curiosidade, mas tive que responder negativamente, mesmo sentindo que já a tinha visto antes. Ele continuou:

--- Essa é a Paula. Ela estará conosco por algumas semanas e irá treiná-la em uma nova atividade que você desempenhará. É importante você aprender tudo. Até mais tarde.

Do mesmo modo que chegou ele deixou o ambiente com passos rápidos. A minha atenção voltou-se para Paula e a importância de aprender o que ela deveria me ensinar.

A presença de Paula deixou-me um pouco excitada. Não existiu um bloqueio de meu pai em relação a ela, mas meu foco é em aprender. Eu sinto falta de um toque e do carinho de outra pessoa. Paula falou:

--- É um prazer revê-la. Seria improvável você recordar de mim. Você me acompanhará e aprenderá sobre todo o processo. Venha comigo.

A segui para fora da residência e pouco depois estávamos entrando na nova construção da propriedade recém terminada. No caminho fiquei pensando de onde poderia conhecer Paula e perguntei:

--- De onde nos conhecemos?

Ela olhou-me parecendo um pouco desconfiada e explicou:

--- Eu realizei o seu processo, o mesmo que lhe ensinarei a realizar.

Tentei recordar algum fato sobre isso sem sucesso. Provisoriamente deixei o assunto de lado.

Eu havia visitado a nova construção há alguns dias junto com Suzane. É uma casa pequena com dois quartos. Os móveis ainda estavam sendo entregues na ocasião.

Na nova casa um rapaz jovem nos recebeu. Seu cabelo ruivo chamou imediatamente a minha atenção e sua pele pálida lembra a cor de leite. No geral ele apresenta uma rudeza de quem foi ensinado para trabalhos braçais. De forma cordial ele falou:

--- Entrem, ainda estou desfazendo a minha mala. Não vejo a hora de começar a trabalhar.

O interior da casa já parecia inteiramente decorado. Paula nos apresentou. Seu nome é André e ele é o novo empregado da propriedade. Depois ela falou a ele:

--- Não se preocupe, se aclimate aos poucos e conheça a propriedade. Seu trabalho só começará em alguns dias. Aproveite a folga.

Eu não consegui imaginar para o que ele estava sendo contratado. Fazia mais sentido ser para algum cargo em uma das empresas.

A presença do rapaz me excitou. A umidade se tornou presente em minha xoxota, mas a presença de Paula serve para me manter contida e focada. Eu ainda imaginava qual seria a função do rapaz quando Paula disse:

--- Eu trouxe um vídeo de treinamento muito importante para você assistir. Vou prepará-lo.

Fiquei curiosa para ver. Com toda certeza o vídeo teria informações que indicariam qual é a razão da presença do rapaz. Provavelmente algum projeto novo de meu pai.

Paula preparou um pendrive no computador. Eu observei atentamente e em silêncio o que ela estava fazendo. Pouco depois ela chamou André e o acomodou em frente ao equipamento usando fones de ouvido.

Algumas informações apareceram rapidamente na tela. Paula apertou o teclado algumas vezes e a imagem foi substituída por uma imagem de espiral colorida com um círculo se movimentando de um lado para o outro.

Paula se afastou um passo e ficou imóvel e esperando ao lado da tela. André permaneceu bastante atento e eu fiquei pensando o que seria aquilo. De forma alguma aquilo parecia algum tipo de treinamento.

O rapaz estava vidrado na tela do computador e mal parecia respirar. Eu já pensava em indagar para a minha visitante o significado daquilo quando ela falou:

--- Já podemos falar sem distraí-lo. Poderia explodir uma bomba aqui e se o computador não desligar isso não iria atrapalhar o processo.

Olhei para a estranha tela e a imagem em movimento sem entender. Eu podia perceber um som presente nos fones de ouvido dele, mas eram muito baixos para eu identificar. Paula explicou:

--- O processo dura duas horas e meia. Ele está sendo adaptado. Instruções estão sendo implantadas em sua mente e depois evoluirão aos poucos. Nosso papel será encaminhá-lo da forma correta.

A garota seguiu para a cozinha e pegou um suco na geladeira. Ela ignorou a minha curiosidade. Resolvi perguntar:

--- Ele está sendo adaptado para o que?

--- Uma fêmea dócil, comportada, ativa sexualmente, obediente e submissa. A nova personalidade varia um pouco, mas segue nessa linha. Encaminharemos para que seja dessa forma. Isso te lembra algo?

Tentei recordar, mas nada pude lembrar. Paula não deveria estar esperando uma resposta. Continuou explicando:

--- Nós temos bloqueios para não lembrar ou pensar no processo. Você aprenderá todos os passos em como fazer do rapaz o que ele deve se tornar, é nisso que você deve se focar.

As palavras entraram em minha mente. Tentei em vão me lembrar de já ter passado por aquilo sem sucesso. Mas de alguma forma eu sei que já tive uma vida diferente antes, mesmo que não consiga me recordar.

Conversamos pouco por algum tempo. Paula pouco contou mais sobre o processo. De forma discreta tentei fazer ela falar mais algo sobre o que eu tinha passado, mas ela nada revelou.

Em certa altura fomos até o rapaz. A tela estava preta e sem uma imagem. O rapaz estava imóvel, com um olhar fixo e sem emoções. Paula falou para ele:

--- Vá para a sua cama e se arrume para dormir como você faz todas as noites.

Sob o meu olhar curioso o rapaz ganhou vida e com movimentos lentos desapareceu em direção ao quarto. Paula parecia satisfeita.

Não pude deixar de imaginar eu realizando a mesma atitude e obedecendo a ordem de Paula igual ao rapaz. Preciso descobrir mais.

***

Com a chegada de Paula a rotina da casa mudou um pouco nos últimos quatro dias. Não sei que instruções Suzane pode ter recebido do meu pai, mas ela permanece mais afastada que o habitual, principalmente sob a presença de Paula.

Eu tenho passado uma boa parte do tempo em companhia de Paula. A sua personalidade oscila entre ser submissa, principalmente sob a presença de meu pai, e dar ordens.

Diariamente visitamos juntas e passamos um pouco de tempo com André. Ele está sempre entusiasmado e querendo começar logo o seu trabalho. Ele é bastante interessado e prestativo. Gostaria de uma oportunidade de transar com ele.

Procuro prestar muita atenção para entender a adaptação mencionada, por enquanto sem perceber nada de especial.

Hoje nossa visitante saiu da residência logo cedo, mesmo antes da nossa refeição matinal. Eu esperava por dias uma oportunidade sozinha. Com pressa segui para o computador do meu quarto.

Eu uso o computador principalmente para ver lojas, buscar receitas e pesquisas triviais diversas. Em uma ferramenta de buscas coloquei o meu nome completo e depois pedi para ver fotos.

Algumas fotos localizadas eram desconhecidas. Demorei um pouco para entender e me reconhecer. Haviam fotos minhas com cabelo escuro, mais curto e roupas feias quase sempre pretas e escuras.

Passei pelas fotos sem me reconhecer e sem conseguir lembrar de como ou quando elas foram tiradas. Haviam locais nas fotos que eu conseguia saber onde e como eram, mesmo sem ter qualquer lembrança da visita.

Algumas fotos tinham outras pessoas, entre homens e mulheres. Consegui recordar informações como o nome e características pessoas, mas impossível para eu saber algo relacionado comigo, como conheci cada uma dessas pessoas ou momentos importantes juntos. Não faz o menor sentido.

--- Estou de volta!

Eu quase tive um infarto ao ouvir a voz de Paula atrás de mim. Ela entrou no quarto sem bater.

Não sei o que ocorreria se ela me visse pesquisar fotos de meu eu anterior. Tentando manter a calma fechei as janelas abertas no micro e falei de volta:

--- Que bom que voltou.

Ela nada pareceu perceber de diferente. Me mostrou as sacolas e explicou:

--- Hoje a sua visita ao André será sozinha. Transe com ele se ele consentir, isso será bom para o processo.

A ordem me surpreendeu por um instante. Ignorando qualquer dúvida minha ela continuou:

--- E você deve tentar fazer ele usar isso. Seja delicada, não precisa insistir, mas incentive. Se ele permitir toque o anus dele. Vá com calma.

Peguei a sacola que ela tinha em mãos e abri. De seu interior comecei a tirar belas peças de calcinhas sexy de várias cores. Ela continuou:

--- Essa é a sua tarefa de hoje.

Fiquei imóvel por um momento. É loucura pensar que ele usaria a peça feminina. Lembrei-me de Suzane. Ela poderia um dia ter sido como André?

Segui sozinha para a casa externa. Seria a primeira vez que eu visitaria o homem sem a companhia de Paula.

Encontrei André limpando a casa. Parecia bastante dedicado à tarefa. Conversamos um pouco.

A liberação de Paula para eu transar com André me deixou terrivelmente excitada. Ele sabe que sou filha de seu patrão, então isso pode atrapalhar o ato.

Sentada no sofá em frente de André deliberadamente levantei a minha saia expondo mais as minhas coxas, talvez uma parte de minha calcinha, e reforcei um comentário de que Paula não apareceria na visita de hoje. André estava visivelmente nervoso.

Levantei-me e fui para o seu lado. Seu volume entre as pernas já pressionava a sua calça. Com delicadeza toquei em seu pinto sobre a calça.

O homem abruptamente se afastou um pouco. Ele está visivelmente preocupado e disse:

--- Sra Vitória, por favor, eu preciso desse emprego.

Expus para ele meus seios ainda mais através do decote e me aproximei novamente. Minhas mãos apertaram as suas pernas e tocaram o seu pinto novamente.

O homem congelou. Com habilidade abri o seu cinto e puxei a sua calça.

Acariciei o seu pênis sobre a sua cueca e depois deslizei a minha mão para dentro dela. Seu pinto é maior e mais largo do que o do meu marido.

O massageei por algum tempo, observando as reações dele. A sua excitação está mais forte que o seu medo.

Eu não poderia deixar André pensar sobre a situação e interromper o ato. Não há tempo para tirar as minhas roupas. Decidi me abaixar e puxando a cueca do homem comecei a lamber e chupar o seu pinto.

O estimulei por um tempo, mas não deixei ele gozar. Eu preciso de alguém dentro de mim, e decidi aproveitar a situação.

Com pressa tirei a minha calcinha e montei sobre o homem. Seu pinto deslizou dentro de minha xoxota molhada com facilidade.

Não demorou para eu gritar sob um forte orgasmo, seguido pouco depois do orgasmo do homem. Me senti enchida por sua porra.

Senti o seu pinto amolecer aos poucos dentro de mim. Depois me desencaixei e sentei sobre o sofá. Com voz cansada ele falou:

--- Você é louca!

Eu apenas ri e falei:

--- E você é muito gostoso! Tenho um presente para você!

Segui para a parte seguinte das instruções. Retirei uma das belas calcinhas da sacola e colocando sobre o seu colo falei:

--- Vista ela pra eu ver, por favor...

Ele pegou a peça com um misto de desconfiança e curiosidade. É uma bonita peça azul claro. Sem deixar ele falar algo completei:

--- Eu ficaria muito feliz.

Transparecendo desconfiança ele retirou a sua calça e a cueca e com calma vestiu a calcinha.

Fiz alguns elogios de como ele estava bem e que deveria usar calcinhas outras vezes. Mostrei para ele as outras peças.

Ver o homem vestindo a bela peça feminina me trouxe um estranho e inexplicável prazer. Mas deve ter apenas relação com o meu prazer por seguir ordens. Preciso me livrar dessa característica de alguma forma.

O homem se olhou no espelho com curiosidade. Aproveitei para novamente elogiar como ele estava bem com a peça. Os incentivos positivos parecem ser importantes.

Algum tempo depois eu já estava de volta à casa principal. Paula já me aguardava e fiz um relatório verbal para ela sobre a tarefa cumprida. Ela pareceu bastante satisfeita.

***

Por quase uma semana desde a relação sexual as visitas a André ocorreram junto de Paula e foram aparentemente inocentes, formadas de conversas desinteressadas e refeições preparadas por André. Não tocamos no assunto sobre o ocorrido.

Nunca comentei com o meu marido a relação sexual que tive com André. Se ele ficou sabendo de alguma forma, nunca comentou ou demonstrou alguma contrariedade. A nossa monótona rotina não sofreu alterações.

Paula sabe o que esperar e seu objetivo. Através dos comentários de Paula e minhas observações pude perceber os pequenos sinais da maior delicadeza do homem nos seus atos, uma maior preocupação com a aparência física e com o ambiente a sua volta e um desejo sutil por seguir ordens. Características que de acordo com Paula apenas se tornariam mais fortes.

Após o café da manhã e da partida dos homens Paula comentou ainda na presença de Suzane na mesa:

--- Hoje a sua visita será sozinha novamente. André gosta e vê você como alguém de confiança. Aprofunde isso. Pode transar com ele, fique com ele, converse com ele, mande nele e nada de recordar ele sobre passado ou sobre o suposto trabalho dele. Ele deve se concentrar no tempo presente e nada mais.

Olhei para Suzane, mas ela não esboçou qualquer reação às palavras de Paula. Se algo a incomodou ou chamou a sua atenção ela foi bastante discreta. Paula continuou:

--- Vou sair e apenas retorno amanhã. Boa sorte em sua tarefa.

Logo fiquei sozinha e com isso decidi fazer algo que estava planejando. Mesmo sem a presença de Paula, a companheira de meu pai rapidamente se afastou, me deixando livre para realizar meus planos.

Deixei a casa grande em direção ao velho galpão nos fundos da propriedade. Meu pai não gosta de se desfazer de velhas lembranças e guarda muitas coisas na construção mais escondida.

Tentei me lembrar sem sucesso da última vez que estive no local. Deve fazer parte de pensamentos bloqueados. Mas posso lembrar da existência e de características do galpão.

O velho local estava como eu me lembrava: muitas caixas empilhadas em estantes metálicas em vários corredores. Eu sabia do corredor com meu nome e onde ficam minhas coisas.

Olhei para as caixas de papelão. Algumas são bastante velhas, então procurei as mais novas e que estão mais aparentes.

Abri uma das caixas separadas mais novas. De seu interior retirei com interesse algumas camisetas pretas e outras cores escuras. Segurar cada uma das peças me causa repugnância.

Abri uma segunda caixa, para encontrar um tênis e duas botas, todos pretos. Eu conscientemente sei que jamais poderia usar um traje desses, mas as fotos que vi dizem que eu usava essas vestimentas antes de passar pelo processo.

Com cuidado guardei tudo. Não sei o que meu pai ou Paula fariam se descobrissem que estou remexendo sobre o meu passado.

Abandonei o galpão e segui para casa de André para realizar o meu dever. Não tem como não pensar que um dia Suzane e eu estivemos nessa posição, provavelmente até Paula.

Fui recebida por André com animação. Ele não perguntou sobre Paula, provavelmente já está desejando que ela não venha.