Abnegação Pt. 03

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"Desculpa minha querida... Fui um bruto, mas quando imagino certas coisas do teu passado com ele... fico desesperado!

"Será que a polícia suspeita de algum de nós? E não te parece estranho que tenham dúvidas sobre a possível morte dele?"

"Por lógica, o tipo deve estar desaparecido. Se têm dúvidas é porque não há cadáver, supondo que esteja morto... Se calhar nem está e anda escondido de alguém, sem a família saber."

"Sim... Imagino que a mãe terá participado a sua desaparição à polícia, mas porque é que vieram aqui?"

"Filha... Tu tiveste uma relação com ele durante anos e agora vives comigo, eu fui colega dele e teu no colégio. Todos os nossos conhecidos desse tempo sabem a história. Poderia ser um crime passional e a polícia tem que puxar todos os fios possíveis. É normal que tenham vindo. Deixa que investiguem. Só espero que ele apareça, ou que apanhem rapidamente o culpado, para não nos chatearem mais."

"Às tantas os da droga puseram-lhe a cabeça a prémio e ele pirou-se para a América latina..."

"Não creio. Isso custa dinheiro e pelo que tu me tens contado, ele deve ser o típico rateiro de pouca monta que anda sempre teso. Deve fazer pequenos roubos e esfolar algum incauto ao jogo de vez em quando e assim vai vivendo."

"Este assunto deixa-me mal disposta. Não gosto de ter a polícia em casa."

"Célia, mudando de assunto, vem aqui. Quero chupar-te a tua gatinha. Tens a gatinha mais saborosa que conheço. Saborosa e molhadona! Adoro beber-te toda."

"Oh sim! E depois de me vir, quero que metas a tua pila no meu cuzinho e vir-me de novo contigo. Já sei que não gostas, mas agora tem que ser com condon, que não me apetece fazer um enema de limpeza. Mas no quarto. Aqui na sala não é nada cómodo. Olha... Não é tarde nem é cedo. Encheste-me de tesão e tenho as cuecas a pingar. Vamos?"

"Porra! Que desperdício. Esse néctar viscoso, meloso, gostoso e bem cheiroso, tinha que estar agora a escorrer-me pela garganta abaixo! Vamos. Ah! Não as ponhas para lavar. Quero-as debaixo da minha almofada logo à noite!"

Já no quarto e sussurrando, Célia comentou divertida a nossa conversa.

"Os paneleiros dos polícias, a esta hora, estão a punhetear-se um ao outro com a nossa conversa."

"Isso não creio, mas é possível que tenham ido a um café, para a esgalhar à porta fechada, na casa de banho. E não me importa que tu, linda como és, sejas a sua fonte de inspiração."

"Não te entram ciúmes?"

"Não. Como é só em pensamento, até me dá gozo imaginar."

O tempo foi passando e não voltamos a falar do Gustavo.

Na semana seguinte confirmaram nas notícias que o cadáver queimado que encontraram dentro da furgoneta era de um tal Gustavo Calheiros, um marginal que fora denunciado por oito violações, cinco delas de menores, mas que nenhuma se pôde provar, motivo pelo qual nunca esteve preso.

Deixei uma câmara oculta na sala, apontada para a zona das plantas, e um microfone altamente sensível, estrategicamente colocado por se acaso viesse a polícia de novo.

Disse a Célia que se voltassem, encontrássemos um pretexto para os deixar sozinhos durante um curto espaço de tempo.

"Boa tarde inspetor e agente Garcia. Entrem."

"Já ouviram as notícias...?"

"Sim... Pobre Gustavo! Não gostava dele, mas uma coisa assim é de arrepiar os cabelos!"

"Esse homem foi denunciado por violações... e relacionava-se com narcos. Tendo em conta que as pessoas normalmente não denunciam por vergonha, o que é que esse meliante terá feito mais...?"

Revelou o inspetor.

"Querem investigar-nos mais? Pergunte o que quiser e pode revistar as minhas casas mesmo sem um mandato. Quem não deve não teme, uma das frases favoritas do meu pai."

"Não faz falta. Compreendam que vocês eram particularmente adequados para ter cometido um crime passional e o nosso dever é investigar."

"Claro que compreendo inspetor. Isso mesmo disse eu à Célia, no dia em que estiveram aqui. Não aceitam um café expresso? É café do Brasil da mais alta qualidade"

"Garcia hoje fazemos uma exceção?"

"O que o inspetor disser."

"Aceitamos com prazer e depois vamo-nos. Não creio que vos incomodemos mais. Já temos uma lista de suspeitos para investigar e vocês estão fora dessa lista."

"Perfeito! Vou prepará-lo. Célia vem comigo e serve-lhes uns scones, desses que fizeste esta manhã."

"Com prazer querido. Vou contigo."

Deixámo-los dois ou três minutos sozinhos.

Tomaram o café, comeram scones e foram-se.

Chamei-a para dentro do quarto e levei o meu portátil, para vermos o espetáculo.

"Garcia... Rápido!"

O inspetor falava baixo.

Garcia levantou-se e foi à avenca buscar o microfone, que meteu no bolso do casaco.

"Estes não foram inspetor. Não acha?"

"Nada... Só pensam em foder e fazer toda a classe de porcarias. Não me estranha! Se eu tivesse uma mulher assim, mesmo sem pés, não saía de cima dela. Que linda febra, benza-a Deus! E é tão docinha!"

"E eu inspetor. E eu! Estes nem se lembram do tal Gustavo para nada."

"Também acho Garcia. Mas calemo-nos. Virão em qualquer momento."

Passados seis meses o caso foi encerrado e as culpas atribuidas a algum grupo de narcotraficantes não identificados.

Uma explicação que não convencia ninguém!

Tendo em conta a classe de joia que era Gustavo, a polícia não se deve ter incomodado demasiado.

FIM

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