Mike - Capítulos 01 e 02

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"E se o destino tiver outros planos?"

"Teremos que os aceitar, com respeito um pelo outro. Uma relação a dois só pode funcionar se ambos quiserem. Mas sempre terás a minha amizade."

"És um pouco fatalista... Bem, no bom sentido da palavra."

"Sim Guida. É certo. Desta vez não morri, porque não tinha o bilhete reservado para esse dia. As condições estavam todas criadas. Eu estava virtualmente morto! Mas o destino quis que eu estivesse aqui hoje, para voar contigo."

"Que romântico! Que poético..."

"Não te rias de mim..."

"Não me rio. Estou emocionada e fazes-me sentir importante, embora não o seja."

"És muito importante. Pelo menos para mim! Bem acho que é o momento de te deixar, antes de que me ponha mais romântico."

Beijámo-nos na cara como dois amigos e fui para casa.

Na sexta-feira Guida saiu do emprego às quatro e meia. Levou uma mala pequena de viagem para o emprego e quando saiu eu estava estacionado numa rua paralela a cem metros, para evitar ser vista comigo e os inevitáveis falatórios.

Eu tinha a minha na bagageira.

Sentou-se, abraçou-me e beijou-me apaixonadamente. Eu também.

"Vamos minha querida. Temos o plano de voo para dentro de uma hora e o voo será de de três horas, ou um pouco mais. Depende dos ventos."

"Tanto tempo?"

"Sim. O CJ4 não é um jato muito rápido e são 2.200 km. Mandei preparar catering, porque à hora a que chegamos, não encontraremos nada decente aberto para comer. Teremos um carro com condutor para nos levar ao hotel."

Chegamos a Tires e fomos diretos à sala de despacho, onde nos entregaram toda a documentação do voo.

"Olá Sandra. Esta é a minha amiga Margarida." Elas saudaram-se com bastante formalidade.

"Sejam bem vindos. Comandante tem o avião abastecido, houve que carregar um pouco de oxigénio. O mecânico está junto ao avião. Tem um slot para dentro de vinte cinco minutos. Aqui tem a documentação. Tem um par de notams que afetam o seu alternante Prestwick, estão sublinhados. O tempo está bom, o transporte estará no parking de chegada e reservei dois quartos com vista para o castelo no Sheraton, tal como pediu. No domingo de manhã envio-lhe um mail, se houver algum imprevisto."

"Perfeito Sandra. Eficiente como sempre. Muito obrigado e até domingo."

"Vem Guida. Vê. Temos bom tempo, um pouco de turbulência na Irlanda, mas nada preocupante, nada de gelo nem trovoadas... em resumo, tudo bem."

Guida sorriu. Tudo aquilo lhe pareceu impressionante e complicado.

Passamos o controle de segurança e o meu novo CJ4 aí estava impecável a 30 metros.

Falei com o mecânico e embarcamos, mas antes Guida falou comigo bastante ruborizada.

"E isto?"

Apontava para uma palavra que estava pintada no lado esquerdo do nariz do avião.

"GUIDA? É o nome que dei ao avião. Vá entra já que não temos muito tempo para perder."

"Vens aqui comigo, ou queres ir comodamente lá atrás?"

"Aqui contigo claro."

"Olha Guida, aqui está o catering. Depois serves-nos tu as comidas."

Em dez minutos fomos autorizados a arrancar motores e não tardamos nada em descolar. Tal como lhe pedira, Guida não abriu a boca até que eu lhe disse podia falar.

Desculpa-me minha querida, mas abaixo de 10.000' não há conversas. É o que chamamos cockpit estéril. Normas de segurança."

"Não te preocupes. Isto é lindo! Quem me diria a mim que um dia..."

"Sim. E o que está por vir." Ri-me.

"Não me assustes."

Estivemos uns dez minutos em silêncio. Guida estava fascinada com o avião, cujo cockpit lhe parecia uma coisa do outro mundo, com as comunicações em inglês entre mim e o ATC (Controle de Tráfego Aéreo)... Tudo a fascinava.

Finalmente falou.

"A tua mãe chama-se Margarida?"

"Não. É Adelaide. Maria Adelaide. Porquê?"

"Quem é a Guida cujo nome está pintado no avião?"

"Make an educated guess." (faz uma dedução inteligente) Sorri-lhe.

"But why?" (mas porquê?) Perguntou-me, visivelmente perturbada.

"Foi o facto de pensar em ti, quando estava ponto de me estampar contra o solo, que me deu ânimo para usar todas as minhas habilidades para pôr o avião o mais direitinho possível no solo. TINHA que voltar a ver-te! Mas é claro... O terreno era irregular e havia pedras demasiado grandes por toda a parte. Se não tivesses aparecido na minha vida, ter-me-ia resignado e a esta hora não estaria aqui. Teria aproveitado para ir reunir-me com Sara."

"Mas isso é completamente absurdo! Quase não me conhecias..." Olhou-me incrédula.

"Adoro uma frase que não se sabe bem de quem é, mas que muita gente atribui a Blaise Pascal e que para mim é simplesmente genial. O coração tem razões que a razão desconhece. Imagino que a conheces."

"Sim e também gosto dela. Não me faças sentir tão importante. Quando caia do pedestal onde me estás a pôr, não sei se me poderei recuperar. E acredita que isso vai acontecer."

"E porque terá que acontecer? Crês que eu seria capaz de brincar com os teus sentimentos, por algum motivo inconfessável? Que passo o tempo a dizer baboseiras para te meter na minha cama?"

"Não. Tu és a melhor pessoa que eu conheço, mas és demasiado para mim. Tu és um Príncipe, mas a Cinderella só existe num conto para crianças."

"Pois este Príncipe não necessita nenhum sapatinho de cristal, para saber quem é a sua Cinderella."

A viagem foi decorrendo normal. Entretanto anoiteceu.

"Que coisa linda Mike. Toda esta iluminação, Estas televisões cheias de indicações... interruptores, botões... Como te entendes nesta confusão?"

"Eu não vejo nenhuma confusão. Hehehe! Só tens que olhar para o que faz falta, no momento em que faz falta e ignorares o resto. Quando vais fritar um bife ficas confundida com todas as panelas, frigideiras, pratos, copos e talheres que tens na tua cozinha? Imagino que só te fixas no fogão, no azeite e numa frigideira com o dâmetro adequado... ah! E no bife."

"Caramba! É logico. Nunca tinha pensado nisso. Tens uma habilidade para transformar o que é difícil em algo que depois parece infantilmente fácil!"

"Que pena estar escuro. Olha essas luzes. É Vigo. Ligeiramente à direita e mais à frente é Pontevedra, mais à frente Santiago de Compostela, cruzaremos a costa galega bastante à esquerda de A Corunha, depois estaremos sobre o Atlântico até cruzarmos a costa da Irlanda. quase mil quilómetros de água, mais ou menos uma hora e vinte. Que tal a lição de geografia?"

"Fascinante! Não me estranha que adores voar."

"No domingo vais ver isto de dia. Voar é lindo."

Assim foi decorrendo o voo. Jantamos o magnífico catering que Sandra contratara para nós e finalmente aterramos em Edimburgo, já de noite, com bom tempo e com uma vista maravilhosa durante a aproximação final.

Passamos o control de segurança, cumprimos as formalidades de entrada e fomos para o hotel.

"Caramba Mike! Um carro de luxo com chofer. Nunca na vida me imaginei numa situação destas. Só vi coisas destas em filmes. Um taxi não era suficiente?"

"É a nossa primeira viagem. Espero que seja a primeira de muitas e nas próximas seremos mais modestos."

"Não sei que dizer."

"Não digas nada e deixa-te levar. Se não gostares, já sabes o que tens que fazer. Não voltar a voar comigo."

Disse-lhe enquanto lhe sorria e fazia uma carícia na cabeça.

"Se não gostar? Só se estivesse louca é que não apreciava uma coisa assim."

Já no hotel acompanhei Guida ao seu quarto. Entrei com ela para ver se estava tudo bem e retirei-me para o meu.

Na manhã seguinte tomamos um magnífico british breakfast e saímos do hotel.

"Que te parece se começamos por visitar o castelo?"

"Parece-me excelente."

"Depois baixamos a pé até Waverly Bridge, para entrar num desses autocarros com o piso de cima descapotável, para visitar a cidade. Vais gostar." A cara de felicidade de Guida emocionou-me.

Visitamos o castelo, depois demos um passeio num autocarro turístico, saímos em muitos sítios. Voltamos a entrar, a visita à cidade foi muito completa e Guida era já outra mulher.

Durante o fim de semana levei-a a comer cordeiro assado com molho de menta, haggis e salmão fresco. Claro que não pôde faltar fish and ships, que Guida queria provar.

"Estás a gostar do fim de semana?"

"Não! Estou a adorar. E sinto-me muito culpada contigo."

"Comigo? Porquê?"

"Tu sabes porquê."

"Como não mo expliques, não tenho nem ideia."

Menti descaradamente.

"Tens-te portado tão bem comigo e eu não..."

"Tu não quê?"

"Não estou a corresponder como mereces.... Mas é que não posso. Estou desolada. Desejo-o, mas não posso." Começou a chorar.

"Vem cá meu amor." Abracei-a. "Tu puseste as tuas condições e eu aceitei-as. Não vim enganado. Não posso queixar-me de nada."

"Não me digas que não me desejas. Vejo o desejo nos teus olhos, mas és o último dos cavalheiros e não me pressionas. Já não há homens assim."

"Mentiria se o negasse, mas tu terás as tuas razões e eu respeito-as. Só tenho pena que não confies em mim para me dizeres o que é que se passa contigo."

"Não posso! Tenho tanta vergonha! Só te posso dizer que tenho uma malformação física que qualquer homem detestaria."

"Deixemos as coisas assim. Quando estiveres preparada já sabes onde estou. Só te digo uma coisa. Sendo um colaborador de Médicos Sem Fronteiras, que visito nos piores locais onde eles atuam, levando-lhes no meu avião coisas que eles de outra forma tardariam meses em receber, ou nem sequer receberiam, tenta imaginar as coisas que tenho visto. E em nenhum momento senti repulsa por nenhuma das pessoas afetadas. Eu não sou dos que falam. Sou dos que atuam e faço-o porque tenho sentimentos e não vejo os outros seres humanos como algo em que o mais importante é a estética."

Já de volta no domingo, conversamos bastante em voo.

"De tudo o que viste, qual foi o sítio que mais gostaste"

"TUDO! O castelo, o Scott Monument, Victoria Street toda a zona construida em pedra, que é quase toda a cidade, o haggis... o roast lamb with mint sauce, tudo! Até o fish and chips!"

"Não contes a ninguém, mas eu também gosto imenso de fish and chips."

No dia seguinte, Guida teve um enorme desgosto. Quando entrou na sua sala de trabalho, os colegas deram-lhe uma salva de palmas.

"Uaaaaau! A nossa mosquinha morta tem um noivo. E que noivo!"

Era Adozinda, a intriguista do grupo.

"Quê? Que dizes? Vocês não lhe façam caso. E deixem-se de bater palmas, porque estão a atentar contra a minha privacidade e a exercer assédio laboral sobre mim. Isso pode-vos saír caro. A ti vou mandar-te o meu advogado e vou-te processar."

Disse, levantando-se e apontando para Adozinda.

"E agora vou falar com o Dr. Domingos Vicente."

"Espera por favor."

Era Leo um companheiro com quem se levava particularmente bem.

"Como teu amigo e como chefe desta equipa, peço-te que esqueças este incidente. Não voltará a ocorrer."

"Está bem. Em atenção a ti, que és um bom companheiro e não participaste nesta estupidez. Não vou esquecer, mas vou fazer de conta que não ocorreu. Que não se repita!"

Leo continuou.

"Quanto a vocês, se houver mais alguma palhaçada como a de hoje, a Dra. Margarida Gama fará as denúncias que se apliquem e eu serei sua testemunha. Todos sabemos como os juizes adoram o acosso laboral e como está o mercado de trabalho, não? Incidente terminado. A trabalhar!"

"Posso dizer...?"

Adozinda de novo.

"NÃO! Você só pode calar-se. Mais uma palavra e quem participa de si à administração sou eu. A trabalhar!"

Passaram-se três meses, durante os quais Guida saía comigo, passamos alguns fins de semana fora e tínhamos completamente assumido que a nossa relação era séria.

"Olá amor. Queres vir almoçar a casa amanhã. Faço-te um prato, que sais a lamber os dedos."

Era estranho. Ela nunca me tinha convidado para a sua casa, onde vivia sozinha, nem tinha ido à minha, onde eu vivia sozinho.

"Claro que sim meu amor. Será um prazer. Ainda por cima é sexta-feira, portanto melhor que melhor."

A comida era um salteado de verduras delicioso, misturado com espaguetis al dente, que terminaram de fritar-se com as verduras, salsichas frescas fritas e cortadas às rodelas previamente fritas à parte e depois também misturadas com o resto. Tinha um tempero de especiarias orientais, não picantes e queijo parmesão ralado, que lhe davam um aroma e um gosto, maravilhosamente original.

Quando cheguei elogiei o aroma da comida.

"Hoho! Temos cozinheira! Se o gosto for tão bom como o aroma, vou lamentar o tempo que tenho perdido e em menos de quinze dias caso-me contigo, nem que tenha que te raptar!"

"Ai que parvo! Hahaha! Tem cuidado que te pego na palavra."

"Estou desejando que o faças."

Fui à casa de banho e quando voltei o wok já estava na mesa.

"Hoje voas? Ou guias?"

"Não. Bem, só para voltar para casa."

"Tens pressa de voltar?"

"Nenhuma. Porquê?"

Tardou meio minuto em responder-me.

"Deixas aqui o carro na minha garagem, vais de taxi para casa e vens buscá-lo depois. Tenho garagem, mas não tenho carro. Não é cómico? Vou abrir champanhe."

"Celebramos alguma coisa?"

"Hoje celebraremos algo... Ou estaremos destroçados com algo. De momento não se aceitam perguntas. Entretanto desfrutemos."

"Que delícia de comida. Onde encontraste a receita?"

"É minha. Faço comida criativa, o que quer dizer que nem sempre sai bem e raramente faço dois pratos exatamente iguais."

"Pois hoje foi um êxito total."

"Fiz bolo de chocolate com um toque de whisky. Também tem algumas variantes minhas."

Terminamos e Guida levou-me para o seu sofá grande.

"Senta-te. Vou buscar café. Gostas de música ambiente suave?"

"Gosto."

Quando estávamos a tomar café, olhou-me com um ar grave.

"Mike... Que sentes realmente por mim?"

"Queres a verdade?"

"Outra coisa não tem sentido, depois de todo este tempo."

"Estou perdidamente apaixonado por ti, mas ao mesmo tempo desconcertado. Há situações que não se devem eternizar."

"E tens razão. Tardei tempo em assimilar que, segredos entre nós são de todo indesejáveis. Hoje vais ver o meu problema e se correr mal, aguento as consequências. Já chega de ser cobarde."

"Nunca te pressionei, creio eu. Pelo menos voluntariamente."

"Eu sei e estou-te infinitamente grata pela tua paciência. És um cavalheiro! Como te disse antes, o Rui, assim se chama, ao fim de nove anos rompeu comigo, por um problema que tenho e que durante a puberdade começou a agravar-se. Agora parece estar estabilizado, mas é horrível e ele disse-me que tínhamos chegado ao fim, porque não suportava o meu problema."

"Se me contares o problema que tens, talvez eu possa entender o que se passou entre vocês."

"Prepara-te para um choque. Já volto."

Quando voltou do quarto vinha dentro de um bonito robe de seda verde esmeralda, com um enorme dragão pintado nas costas e cheio de carateres chineses na parte dianteira. Calçava umas chinelas a condizer.

"Que lindo robe."

Disse eu para amenizar um pouco o ambiente.

Sem dizer palavra, Guida deixou-o deslizar, desnudando-se até à cintura. Tinha dois seios muito bem formados, mas o direito tinha metade ou menos do volume do outro.

"Não posso acreditar!"

"Mas é o que é. Ver para crer. Não sei porque dizes isso. A prova está à vista."

"Não entendeste nada. O que não posso acreditar é que um homem seja suficientemente animal para rechaçar uma mulher maravilhosa como tu, por uma estupidez assim. Quando posso marcar o nosso casamento? E não me perguntes se é a sério, porque nunca tive tanta certeza de querer uma coisa como a que te acabo de propôr."

"Não te precipites e não me trates com compaixão. Isso é que eu não suportaria. Queres tocá-las? Ou preferes...?"

Puxei-a para mim, sentei-a ao meu colo, estive mais de um quarto de hora a comê-la a beijos e só depois comecei a acariciá-las e a lamber-lhe os mamilos alternadamnete. Guida Gemia de excitação. E dizia-me que me amava.

Eu sentia o aroma da sua excitação perfumando o ambiente.

Empurrei-a suavemente para trás e comecei a lamber-lhe a vulva que estava inundada com o seu abundante e delicioso fluido vaginal. Guida é uma mulher que se molha muito.

Enquanto lhe dava prazer com a boca comecei a massajar-lhe os mamilos entre os polegares e os indicadores, quase sem tocá-los. Ficaram duríssimos.

Comecei a chupar-lhe o clítoris mais intensamente e de repente explodiu num violento orgasmo, gritando-me palavras de amor.

Levei-a ao colo e coloquei-a muito suavemente sobre a cama, tirei os sapatos e deitei-me ao lado dela, olhando-a com imensa ternura enquanto lhe acariciava o peito mais pequeno. O direito.

"Começo a acreditar que não te incomodam."

"Guida... Se há coisa de que não sou capaz, é de fingir o que não sinto. Porque teria que incomodar-me por algo assim? São os dois tão lindos! Se quiseres vamos à praia e passeias de mão dada comigo em topless pela areia. E se alguém olhar de uma forma estranha digo-lhe, é a minha maravilhosa mulher. Deixe de olhar, que a incomoda."

"Mike, onde tens estado? Porque não te encontrei antes? Falavas a sério sobre isso de casar-nos?"

"Não brinco com coisas sérias, como os sentimentos de uma mulher, neste caso da mulher que amo. Só tens que escolher a data."

"Não acredito. Isto só pode ser um sonho e não quero despertar-me. Ai! Que bruto! Que...?"

"Dei-te um beliscão para veres que estás deperta."

Rimo-nos os dois divertidos.

"Só para eu entender a psicologia desse asno, conta-me coisas. Tinham sexo regularmente?"

"Não. Durante anos masturbávamos mutuamente. Só isso. Ele nunca se quis atrever a mais. E depois à medida que o meu problema se agravava ele começou a perder o interesse, deixou de ter ereções e não fazíamos nada."

"E se tinhas tantos problemas com isto, alguma vez consideraste a possibilidade de te operares?"

"A minha família é ultraconservadora e não posso falar sobre isto nem com a minha mãe. Estou a pagar um empréstimo que contraí para poder fazer a minha licenciatura e o doutoramento. Entre isso e o que estou a pagar de renda, não posso pensar numa coisa dessas."

"És então virgem?"

"Sim."

"Estás preparada para...?"

"Contigo sem nenhuma dúvida. A única coisa que me travava era o medo à tua reação. Em Edinburgo estive a ponto entregar-me a ti, mas não quis arriscar-me a dar cabo do fim de semana."

"Vou à farmácia buscar um gel. Já volto."

"Leva a chave que está na porta. Vou duchar-me."

Quando voltei Guida estava no duche.

Despi-me e meti-me dentro com ela. Foi maravilhoso.

Voltamos para o quarto nús e de mãos dadas.

"Tens almofadões?"

"Vou buscá-los."

Bem, põe-te de gatas, apoia as tuas maminhas nos almofadões. Não o faço enquanto não me disseres... Começo a entrar em ti e gradualmente vou-te dilatando. Quando me encostar ao teu hímen vai começar a doer. Quando me deres a órdem, penetro-te até ao fim, e vais sentir uma dor aguda. Na verdade é um pequeno rasgão e vais sangrar um pouco. Depois deixa de te doer e vais gostar. Se sentires demasiada incomodidade paramos e deixamos para amanhã ou depois. Se te esperei tanto tempo, não morro por esperar um pouco mais.

"És tão bom e tão compreensivo Mike!"

"Quando amas alguém tens que tratá-la bem, senão não vale a pena. Quero que um dia recordes este momento com saudade."

"Mike... Esta noite ficas comigo?"

"Ficarei contigo sempre que tu o desejes, exceto se estiver em alguma missão dos MDF."

"Algum dia me levarás contigo?"

"Não creio, mas terei que pensar bem... talvez. Creio que poderemos ir a um sitio que já não é perigoso. Vamos ver o Gil e a Anabela, que são meus amigos de longa data. Ela é médica e ele é enfermeiro. São voluntários do MDF, com a condição de estarem sempre juntos. São casados. Agora já não têm idade para estar na linha da frente e creio que continuam em Angola, trabalhando em campanhas de vacinação de miúdos. Ela deve ter agora sessenta e seis anos e ele sessenta e oito."