DIANA - Um Amor Ilícito?

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"Não sei... Tudo isto é muito irregular."

Motrei-lhe outros cinquenta e entreguei-lhe os cem.

"Instalei microfones que emitem por bluetooth para um gravador."

"Quantos e onde está o gravador?"

"Desculpe mas já falei demais."

"De homem para homem, aqui não há nada ilegal associado à minha pessoa, unicamente há uma relação entre mim e uma mulher que a minha mãe não aprova, com quem me reúno de vez em quando na biblioteca. Quer escutar as nossas conversas. Tudo o que me contar ficará só entre nós e até me convém que estejam aí os microfones. Vamos fingir que não sabemos de nada. Assim ela só ouvirá o que nós quisermos que ouça."

Tirei mais cem euros da carteira e dei-lhos.

Contou-me onde estavam os microfones e o gravador. Garantiu-me que não tinha posto câmaras ocultas.

"Juro-lhe pela minha filha de três anos, que é o que mais adoro neste mundo, que só pus os microfones e o gravador. Não há nenhuma câmara oculta. Perguntei isso à sua mãe e disse-lhe que necessitava sabê-lo, por causa de alguma possível interferência com o bluetooth. Ah! E os sensores das janelas realmente não fazem falta nenhuma. Espero que não me faça perder o emprego."

"Esteja tranquilo, que eu tenho mais interesse que você, em que a minha mãe não saiba que falei consigo."

"Obrigado senhor Beltrão. Não imagina o que me ajudam estes duzentos euros."

Fui disparado a casa de Eduina, que felizmente estava em casa.

"Olá Edu. Por favor telefona à Diana, que tenho que falar com ela urgentemente. E gostava que ouvisses a nossa conversa, que será tudo menos íntima."

"Olá meu amor." Contei-lhe a conversa com o técnico sobre a instalação dos microfones e do gravador. "Bem, vem visitar-nos no sábado com o Júlio e começamos uma conversa chatíssima sobre alguma obra de Shakespeare. Isso dará à minha mãe o pretexto que necessita para nos convidar a ir para a biblioteca... Aí vou contar-te as suspeitas dela e das minhas tias, aproveito para as insultar e tu finges que choras pelo desgosto e profundo amor que sentes pelo Júlio, pelas canalhadas que sempre te têm feito, blablabla... Há que deixá-las convencidas de que entre nós não há nada."

"Que ideia brilhante Edu! Até sábado e um beijo!"

"Outro! Amo-te! Como está o Júlio?"

"No hospital. Vou buscá-lo às seis e meia. Ah! Agora vejo que ainda é muito cedo. Edu... Apetece-te uma rapidinha? Ainda há tempo."

"Querida, perdoa-me que não te tenha dito nada, mas o telefone está em mãos livres e a Edu está aqui a ouvir-nos, mas sim, apetece-me imenso uma rapidinha."

Edu e eu rimo-nos divertidos, deixando Diana ainda mais embaraçada do que já estava.

"Ai meu Deus! Que vergonha Edu!"

"Vem já para cá! E vergonha seria desperdiçar uma oportunidade como esta. Vá! Dá corda aos sapatos. Já devias estar a caminho. Meu Deus! Estou tão feliz por vocês!"

Edu é o máximo!

Depois de desligar, ofereceu-me um café enquanto esperávamos a Diana.

"Edu, nem sendo psicóloga podes dimensionar como eu amo a Diana!"

"Não faz falta ser psicóloga! Vocês são transparentes. Demasiado! Basta-me olhar e ver. Mas cuidado, que apesar de não conhecer a tua tia Cecília, parece-me que é muito intuitiva e perigosa. Quando ela estiver ao pé, põe-te a ler uma revista, sai da sala, ou faz o que quiseres, mas nem olhes para a Diana. Já a adverti a ela também. Vocês parecem dois pombinhos adolescentes caramba! Estão a viver o vosso amor numa situação limite e estão psicologicamente bastante alterados, mas têm que se controlar melhor! Venham para cá quando quiserem. Têm sempre aqui o vosso quarto para darem livre curso às exigências das hormonas... Mas sejam prudentes com essas bruxas."

Diana tardou dezassete minutos.

"Bem estejam á vontade. Aproveito para ir a casa da minha mãe. Volto dentro de três horas."

"Obrigada Edu! És uma grande amiga." Disse Diana, enquanto a acompanhava à porta.

Beijei a Diana apaixonadamente e comecei a despi-la.

Quando estávamos ambos nús e abraçados no quarto de visitas de Eduina, Diana chorou.

Meu querido, hoje estou particularmente sensível. Sinto-me uma traidora quando penso no meu pobre marido, mas também me sinto uma amante apaixonada quando penso em ti."

"Não és nenhuma traidora. Tu és uma mulher jóvem e consegues manter o teu equilíbrio mental graças à nossa relação. Nós necessitamos isto que temos juntos. Enquanto o pobre Júlio viver, nada mais podemos fazer e não desisto de ti! E a ele não o estamos a prejudicar. O Júlio tem todo o nosso carinho, atenção e esforço para lhe minimizar o sofrimento. Mas ele já não é o teu marido. É um pobre homem às portas da morte e o melhor que lhe pode acontecer é descansar em paz. Não poderíamos tratá-lo melhor e tens todo o direito a viver a tua vida. Uns vão, outros ficam e a vida continua."

"E tu Edu? 10 anos mais jóvem que eu... Que futuro tenho contigo, além de encontros clandestinos com este? Durante quanto tempo durará isto depois da morte do Júlio?"

"Já falámos sobre isso. Tu para mim não és um entretenimento Diana! És a mulher da minha vida."

"Sim Edu... E depois? E as pressões familiares?"

"Depois terás tudo o que quiseres. Quando ele falecer, aqui estarei eu para ti. Para viver contigo maritalmente e se me deres essa honra, para casar-me contigo, que é o que mais desejo. Tu não desejas o mesmo? Só nos falta começar a viver como um casal normal.

Se há casal que não tem problemas somos nós. Tenho o meu apartamento, tenho trabalho e bem pago, tu podes voltar à universidade e amamo-nos... Faz falta alguma coisa mais?"

"E teremos que viver no teu apartamento. Não quero viver contigo onde vivi com o Júlio."

"Nem eu seria capaz de viver lá." Respondi-lhe.

Diana pôs a mão na minha boca para que me calasse.

"Fode-me Edu! Necessito-te dentro de mim. Faz-me tudo o que quiseres. TUDO! Até te dou o meu rabinho se quiseres!"

"Gostas de dar o rabinho?"

"Muito e está-me a apetecer imenso! O Júlio ensinou-me... Ai perdoa-me, não o devia ter mencionado."

"Não tem importância. Mas se futuramente evitares mencioná-lo... acho que me sentirei menos culpado."

Começamos por fazer um delicioso sessenta e nove e viemo-nos juntos.

Finalmente descansamos abraçados.

"Queres comer o meu cuzinho agora?"

Virei-a de barriga para baixo, sem dizer palavra. Abri-lhe as suas lindas nádegas e comecei a lamber as rosadas pregas desse maravilhoso orifício. Cheirava divinamente. Diana é irrepreensivelmente higiénica.

Comecei a introduzir a língua profundamente no seu saboroso cuzinho e ela gemia como uma gatinha.

"Tão bom Edu... Como te amo! Oh meu Deus! Que delícia! Que língua!"

Uns minutos depois...

"Edu..."

"Sim meu amor."

"Enraba-me. Enraba-me já!"

Pus-lhe gel e a mim também.

Diana continuou de barriga para baixo e abriu as pernas o mais possível. Que lindo cabelo lourinho, espalhando-se solto sobre a cama, que lindo torso, que lindas nádegas, que lindas pernas, que lindos pés... que lindo tudo! Uma Venus digna de ser esculpida por Bernini, em alabastro, ou em mámore de Carrara.

Comecei a penetrá-la com imensa meiguice. Gemeu um pouco quando forcei o segundo esfínter mas entrou até ao fim sem problemas e finalmente suspirou.

"Tão bom Edu. Mmmm... Que dor tão doce!"

"Doi muito?"

"Não muito. Levo imenso tempo sem fazê-lo e estou um pouco fechada, só isso. Mas adoro essa dor maravilhosa. Dá-me forte e sem piedade Edu."

Ao fim de vinte e dois minutos...

"Ahhhhh Edu! Venho-me toda! Esporra-te no meu reto!"

A emoção causada pelas suas palavras foi tão forte, que me vim com ela imediatamente.

"Ohhhhhhhh! Que leite tão quentinho! É um bálsamo que me tira a dor. Edu! Juras dizer-me a verdade?" Foi estranho ouvir essa pergunta num momento daqueles.

"Sim minha doçura, juro dizer-te a verdade."

"Ainda me amas tanto como me disseste no dia em que me confessaste o teu amor?"

"Sim Diana! Tanto como te disse. Amo-te tudo o que se pode amar! Se te amar um bocadinho mais, explodirei de amor."

Comecei a mover-me de novo dentro dela e comecei a ficar mais duro.

"Estou a ficar pronto para outra. Apetece-te?"

"Não por favor. Adorei, mas começo a estar um pouco dorida, mas não saias antes de perder a ereção, para não me magoares..."

Parei os movimentos e uns minutos depois perdi a ereção.

Fomos ambos lavar-nos e voltamos para a cama.

Desfrutei da maravilhosa fragância do seu cabelo, lambi-lhe o seu elgante pescoço e as suas lindas orelhas. Depois os ombros. Ela adorou, gemeu, suspirou e nunca paramos de beijar-nos e de dizer-nos frases de amor. Tudo sem sexo, só carinho, meiguice, amor puríssimo...

Depois a luxúria apoderou-se de nós.

"Diana... Apetece-te uma fodinha agora?"

"Não. Apetece-me que te venhas na minha boquinha e beber o teu elixir de amor, meu querido. Deita-te de barriga para cima, relaxa-te e desfruta."

Fez-me uma maravilhosa felação e bebeu-me sem perder gota.

"Diana, é sempre maravilhoso estar contigo, mas hoje foi tão especial!"

"Também adorei Edu. Gostaste do meu cuzinho? Não respondas. A pergunta era retórica. Vi que deliraste! E eu também. Somos o par maravilha!"

"És sublime minha doce Diana."

"Há algo que devo dizer-te Edu. Sou tua de alma e coração. Cem por cento tua meu amor. Tenho que continuar a representar o papel de esposa do Júlio, mas é-me cada vez mais difícil... É a ti que pertenço. Totalmente! Só desejo adormecer agarrada a ti e despertar agarrada a ti. Todos os dias Edu. Ainda não tivemos a nossa primeira noite. Desejo-a tanto!"

"Tens que fazer um esforço Diana, não nos perdoaríamos se lhe falhássemos, mas sei o que sentes. Eu sinto-me totalmente teu também e só desejo ter-te a tempo inteiro."

"Sim meu querido... mas creio que esta situação vai durar um pouco mais do que esperávamos."

Mas o destino tinha outros planos para nós...

Depois duchamo-nos juntos e vestimo-nos.

Minutos depois Diana teria que saír para o hospital.

"Meu amor, adorava ir contigo buscar o Júlio, mas de momento e principalmente por ele, o melhor é que me mantenha ao largo. Quero que ele morra sem nunca ter sabido, nem desconfiado nada da nossa relação."

"Sim claro." Respondeu-me.

"Quando falecer, vou de braço dado contigo passear diante delas e como-te a boca a beijos! Que digam o que quiserem e só não te convido para fazer amor na via pública diante delas, porque isso seria demasiado escandaloso."

"Já pensaste no problema que vais ter com a tua mãe?"

"Não. Penso no problema que ela vai ter comigo se não te aceitar e não te tratar com respeito. Não tenho nenhum problema em cortar com ela. É uma víbora!"

"Não gostaria nada de estar na orígem de um corte de relações entre vocês."

"E não estarás! Estarás no lugar que te corresponde e quem te desrespeitar será irradiado ou irradiada das minhas relações, seja quem for! Não penses mais nela e prepara-te para sábado. É já depois de amanhã. Vais desfrutar imenso."

"Tenho medo..."

"Não tenhas."

Quando chegou sábado, Apareceu Diana com Júlio, que estava pele e osso, com uma tez entre amarela e acinzentada.

Vinha em cadeira de rodas. Já quase não andava.

"Olá tio Júlio como se sente? Melhor?"

"Não filho... Sinto-me cada dia pior."

"Bah! Já verá que um dia destes começa a recuperar-se. Seja otimista."

"Não gastes o teu latim Edu! Ambos sabemos que não." Fiquei sem saber o que dizer.

"Olá tia Diana."

"Olá filho. Como vai o teu curso?"

"Bem! Tia Diana, ainda bem que a vejo. Necessito a sua ajuda profissional... Se tiver paciência claro."

"Tu dirás. Se puder, claro que te ajudo com muito prazer."

Diana e eu, com a ajuda de Eduina no dia anterior, já conseguíamos falar sem que as nossas expressões deixassem transparecer as nossas emoções. Tínhamos feito vários ensaios na presença dela.

"Imagino que tem um profundo conhecimento sobre a obra de Shakespeare, não?"

As minhas tias Fernanda e Cecília olharam para a minha mãe, depois para Júlio, que não teve nenhuma reação.

"Sim Edu. A minha tese de doutoramento foi justamente sobre Shakespeare. Que pretendes exatamente?"

"Que me fale um pouco da personalidade de Shakespeare, que me aconselhe uma obra dele que seja acessível, não demasiado extensa, que me faça uma sinopse da mesma e que me dê algumas sugestões para uma apresentação Power Point, que não deve ter uma duração superior a vinte minutos. Máximo vintecinco."

"Mmmm... Só? Para falar de Shakespeare? É muito pouco tempo." Disse Diana com a testa franzida e abanando a cabeça.

"Acredito, mas é o tempo de que disponho."

"Mas... que é que isso tem que ver com o teu curso de engenharia mecânica?" Perguntou como se estivesse realmente admirada.

"Como se o curso não fosse suficientemente trabalhoso e difícil, agora temos que fazer uma apresentação sobre uma obra literária e o respetivo autor, para avaliarem a nossa capacidade de síntese e a nossa capacidade para tansmitir ideias sobre assuntos estranhos à especialidade. A mim tocou-me Shakespeare por sorteio. É um novo conceito que se usa atualmente nos cursos universitários de ciências... já vê, somos um bando de tecnocratas, que em geral só sabemos falar das nossas especialidades. Imagine-me aqui a dar-vos uma seca de duas horas sobre o motor turbofan Rolls-Royce Trent XWB-97, que equipa um Airbus A350-1000... Seria penoso."

"Sim Edu, faz sentido... Vamos então falar de William Shakespeare, muitas vezes citado como o Bardo de Avon. Foi o mais importante escritor de língua inglesa e um dos mais célebres da literatura universal, mas isso imagino que não é novo para ti. A sua obra foi escrita entre os séculos XVI e XVII. Tem 34 obras principais, li todas elas em inglês arcaico e digo-te que não é fácil nem agradável. Certamente te serão familiares títulos como Hamlet, McBeth, Romeu e Julieta, Othelo, Sonho de uma noite de verão, O Rei Lear, O Mercador de Veneza, etc, mas escreveu bastantes mais obras, que são deconhecidas da maior parte do público."

Como tínhamos combinado, Diana falava lentamente, em tom monocórdico para que a conversa fosse o mais chata possível.

"Curioso... Já tinha ouvido falar do Bardo de Avon, mas não sabia que era ele."

"Sim, mas era. Shakespeare é uma figura apaixonante, rodeada de mistérios e inventaram montes de histórias a respeito da sua pessoa, desde homossexual, até amante inflamado de mulheres casadas, libertino, enfim... têm-se dito e escrito de tudo. A humanidade adora histórias escabrosas. Há uma enormidade de pessoas, que não passam de lixo humano, que são intiguistas, difamadoras e isso não é um exclusivo dos tempos atuais. Existem desde os primórdios da humanidade e dedicam-se a dar cabo da vida dos demais. Mas deixemos isso, e centremo-nos na obra do Bardo, de uma forma mais ou menos ligeira, sem entrarmos em considerações linguisticas."

Diana tinha aproveitado para dar uma patada às cunhadas.

A minha tia Cecília aí não aguentou mais.

"Pois eu só conheço um Bardo. O da aldeia do Astérix. Hahaha! Mudando de assunto, Balbina sabes a última do meu galã favorito?"

"Quem? O Bertín Osborne?"

"Esse quem é? O das aguardentes?" Perguntou a tia Fernanda.

"Ai Fernanda! Às vezes és tão desesperante!"

Aí fui eu que não aguentei mais.

"Porque é que vocês não aproveitam para se cultivarem um pouco com a excelente aula que nos está a dar a tia Diana? É penosa a vossa vocação sopeiril. Deviam estar na cozinha a picar cebolas e a chorar com elas. Vocês são incultas por convicção e isso é deprimente. Vocês são as facas menos afiadadas do faqueiro! Estão tão cheias de bocas, que já nem é possível afiar-vos!"

"Mas quem és tu para nos insultares? Porque é que vocês não vão falar do Bardo e dessas coisas tão interessantes na biblioteca e nos deixam aqui em paz com os nossos assuntos?" A minha mãe mordera o anzol.

Pelos olhares significativos e sorrisos que trocaram entre si, entendi que as outras sabiam da existência dos microfones.

"Vamos tia Diana. Tio Júlio venha connosco, que uma aula dada pela sua douta esposa, só pode ser muito interessante. Convidei-o sabendo de antemão que não viria.

Não filho. Fico aqui com as minhas irmãs. Ao fim e ao cabo vim para estar um pouco com elas."

O tio Júlio fora um eminente professor catedrático de latim, grego clássico e um especialista em história da Antiguidade Clássica, em especial do antigo Egito, mas com a doença desinteressara-se de todas as atividades intelectuais...

Com quarenta e seis anos que tinha, o cancro de pâncreas de que padecia, tinha-o destruido de tal forma, que parecia um homem de mais de sessenta anos com as suas capacidades bastante afetadas e sem paciência para nada, sobretudo porque sabia perfeitamente que estava a chegar ao fim da linha.

Diana, que acabava de se levantar, estava de costas para elas e para o marido, fez-me o gesto de um beijo com os lábios e piscou-me o olho.

Entramos na biblioteca e fechei a porta. Sentámo-nos a um metro um do outro, como combináramos previamente. Seguramente a minha mãe buscaria um pretexto para entrar... e não queria que nos visse suspeitosamente perto. Eu levara um bloco com uma quantidade de notas, para dar mais autenticidade à coisa.

Comecei eu com a representação.

"Tia Diana já viu como estas desgraçadas são estúpidas e incultas?"

"Sê tolerante Edu. Nem todos podemos ser intelectuais. Acho que fazem bem. Não necessitam trabalhar e com a baixíssima inteligência e capacidade intelectual quase nula que têm, o melhor é nem tentarem. Bem... Cada um é como é."

"Tia, estou cheio de interesse em ouvir a sua explicação, mas antes tenho que lhe contar uma coisa terrível que está a acontecer."

"Terrível? Não me assustes!" Voltou a piscar-me o olho.

"Penso que foi essa harpia da tia Cecília que envenenou a minha mãe e ela, estúpida e perversa como é, acreditou em tudo, principalmente porque está sempre predisposta para acreditar em coisas sórdidas. A tia Fernanda não sei o que pensa, mas com a falta de luzes que tem, dela espero qualquer coisa. De todas as formas a tia Cecíla domina-as às duas."

"Edu... Coitadas. Não sejas tão severo com elas. Mas afinal que é que aconteceu? Conta-me, que agora estou mesmo intranquila!"

A conversa parecia autêntica.

Durante a mesma, fui escrevendo notas no bloco, que ela ia lendo.

A conversa manteve-se fluida, sem que as notas provocassem pausas indesejáveis, nem qualquer outro tipo de reação que retirasse credibilidade à conversa.

"Estão convencidas de que entre a tia e eu... Meu Deus! Nem sei como dizer-lhe isto. Pensam nós os dois temos uma relação... ilícita, ou que vamos a caminho disso."

"QUÊÊÊÊÊÊ? Não acredito! Eu que adoro o teu tio, eu que desisti da minha vida profissional para o tratar o melhor que posso! Eu que estou tristíssima e daria um ano de vida para que ele se recompusesse! É muito injusto!" Simulou que chorava e quase me enganou até a mim.

"Tia Diana, não chore que o que consegue com isso, é fazer o jogo dessas megeras indecentes! E eu adoro o tio Júlio! Nunca poderia desejar a mulher dele, nem mesmo sendo uma senhora tão... tão especial como é a tia... E menos agora que comecei uma relação séria com a Lara Nilsson. Alguma vez viu da minha parte algum indício de que euuuu..." Calei-me deixando o fim da frase no ar.

Peguei no bloco de notas e escrevi:

sonho com a deliciosa textura dos teus mamilos endurecendo-se entre os meus lábios e a minha língua.

Diana leu-me, sorriu, penetrou-me com o olhar, passou a língua lentamente entre os lábios e respondeu ao que eu lhe perguntara.

"Claro que não filho! Somos muito amigos, mas nunca vi nada impróprio da tua parte. E eu sou uma grande amiga tua, mas não tenho nenhum interesse desse tipo em ti! Caramba! Conheci-te com oito anos. Para mim sempre serás aquele garoto encantador... Essas mulheres não estão bem da cabeça... Estou chocadíssima!"